Alterações na Assembleia Geral não prejudicam PT - TVI

Alterações na Assembleia Geral não prejudicam PT

Administração da PT aprova plano de defesa

Estratégia de defesa face à OPA da Sonae não está comprometida.

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A Exane BNP Paribas considera que a alteração à ordem inicial de trabalhos da Assembleia-Geral (AG) da Portugal Telecom, marcada para sexta-feira, em nada prejudica a defesa da administração da operadora à OPA lançada pela Sonaecom.

«Do nosso ponto de vista, isso [a retirada de algumas das propostas da agenda inicial da AG] não afecta o plano de defesa contra a OPA hostil da Sonaecom», referem os analistas da Exane BNP Paribas, numa nota de research divulgada hoje.

Os analistas explicam que «uma parte importante» do plano de defesa do conselho de administração da PT reside na distribuição de 3 mil milhões de euros aos accionistas nos próximos três anos.

«Assumindo que o dividendo manter-se-á estável entre 2005 e 2007, isto representa cerca de 1,5 mil milhões de euros», argumenta a casa de investimento.

Assim, o remanescente será distribuído seja através de um programa de recompra de acções (share buyback) ou através do pagamento de um dividendo extraordinário num prazo de 12 meses após o final da OPA (caso esta falhe), acrescenta o banco.

Para esse efeito, a PT deverá criar reservas distribuíveis, sendo que as propostas que vão a voto na AG de sexta-feira dão margem para isso.

Os analistas da Exane BNP Paribas esperam assim que os accionistas da PT aprovem não só o dividendo de 0,475 euros por acção, mas também a criação de reservas distribuíveis.

Os especialistas reiteram a recomendação neutral sobre os títulos da Portugal Telecom e apontam que o desfecho «mais provável será o sucesso de uma oferta revista em alta pela Sonaecom», que deverá situar-se entre 10 e 10,5 euros, referem.
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