Associação de centros comerciais acusa Governo de inércia

Segundo o presidente da APCC, António Sampaio de Mattos, este tema já é antigo e apesar de já terem abordado o Governo sobre a questão, até hoje pouco ou nada mudou: «Temos falado com o Governo sobre esta matéria. Sempre que muda o Governo falamos neste ponto, mas o feedback está a vista. Até hoje não se conseguiu alterar nada», disse à margem do V Congresso Português dos Centros Comerciais, sob o tema «Centros Comerciais em Portugal, Inovação, Qualidade e Sustentabilidade».

Sampaio de Matos considera que há condições para que o Governo aproveite este momento de alterações para «mexer» na questão, «de forma a dar condições de funcionamento sem bloqueios aos centros comerciais e ao comércio em geral em Portugal».

Para isso, é necessário adoptar algumas medidas e analisadas outras como a Lei do licenciamento comercial e a regulação da Lei do arrendamento em centros comerciais.

O mesmo responsável entende, ainda, que os centros comerciais deviam voltar à situação anterior e sair do regime geral. «Existe um condicionamento do mercado por parte do Estado, que pode conduzir à paralisação do sector, não permitindo que seja o mercado e a procura a marcarem o ritmo de crescimento das actividades económicas e a premiarem os conceitos que respondam às suas necessidades» e além disso, «não se percebe bem quem se pretende beneficiar ou proteger com o regime a que a instalação de novos centros comerciais está sujeito, mas fica claro que a indústria e os cidadãos são os mais prejudicados», remata.