Banif diz improvável que Sonaecom altere oferta à PT

Enquanto que as tendências altistas são mais fortes, tendo em conta a possibilidade de surgir uma oferta concorrente à da Sonaecom ou de a própria empresa de Paulo Azevedo rever a sua oferta.

O banco considera ainda improvável que a Sonaecom retire a sua oferta, mesmo que a Autoridade da Concorrência chumbe a fusão das duas operadoras móveis (TMN e Optimus).

O Banif lembra, em nota de «research» que a Sonaecom está a operar num ambiente muito competitivo, pelo que, mesmo sem esta fusão, teria interesse em reforçar a sua posição ao assegurar o acesso à posição de liderança que a PT tem no mercado.

Embora admita que a fusão da TMN e da Optimus seria o cenário mais favorável à Sonaecom, o banco de investimento acredita que a empresa terá a capacidade de se adaptar a um cenário alternativo e avançar, na mesma, com a oferta sobre a PT.

De resto, o banco lembra que mesmo que a Autoridade da Concorrência vete o negócio, as crescentes pressões por parte da Comissão Europeia para que o Estado português acabe com a golden share que detém no capital da operadora nacional, acabarão por levar quer o accionista quer a operadora a desenvolverem acções no sentido de evitar que, uma vez levantada a golden share, a PT não se torne no alvo de uma OPA hostil no futuro.

Assim, o Banif mantém a recomendação para os títulos da Portugal Telecom sob revisão, assim como o preço-alvo. Isto depois da PT ter apresentado resultados trimestrais que ficaram acima das expectativas dos analistas e do consenso do mercado.

Neste momento, os títulos da operadora estão a cair 0,11% para 9,38 euros por acção.