BES e Mota-Engil podem cotar em bolsa holding das concessões

Pedro Neto acrescentou, em entrevista à agencia «Reuters», que «não está previsto» que o capital da nova holding, que vai reunir os activos em infra-estruturas de transportes dos dois grupos, possa ser aberto a outro grande player no sector das concessões.

O mesmo responsável disse que a holding vai aproveitar ganhos de dimensão, tanto internamente como no exterior, onde os dois grupos já estão presentes quer de uma forma isolada, quer em conjunto.

«Em função da dimensão que a empresa terá e das suas perspectivas de crescimento, bem como em resultado da atractividade que o sector de infra-estruturas de transporte apresenta, um processo de cotação em bolsa a médio prazo é um objectivo natural», Pedro Neto.

Segundo Pedro Neto, esta decisão «surge como resultado natural de uma parceria que se vinha a desenvolver naturalmente ao longo dos últimos anos, em que vínhamos participando conjuntamente nos mesmos consórcios, quer em Portugal como a nível internacional», explica à mesma agência.

O responsável esclareceu que está a decorrer a avaliação dos activos a integrar pelos dois grupos, mas que o objectivo é a Mota-Engil deter 60% da nova holding e o BES os restantes 40%.



Uma vez que decorre este processo de avaliação, Pedro Neto não quis avançar com previsões de facturação nem com as sinergias previstas para a holding, cuja designação «ainda está em processo de aprovação pelos accionistas».

«Em face dos resultados positivos obtidos, dimensão atingida e know-how criado, considerou-se que a formalização da mesma pode originar ganhos de dimensão, maior capacidade de crescimento e criação de mais valor para os respectivos accionistas, e consubstanciar-se na criação de um novo operador de infraestruturas de transporte português relevante no mercado nacional e internacional», disse Pedro Neto.