Descalabro na bolsa de Lisboa arrastada por números nos EUA

É o descalabro nos mercados europeus que se vêem penalizados pelos números revelados nos EUA.

Na passada terça-feira, o maior banco norte-americano, o Citigroup, anunciou prejuízos de 6,6 mil milhões de euros, os piores de sempre. Esta notícia veio abalar não só as perspectivas para a economia dos EUA que está muito perto de uma recessão, mas também o pessimismo mundial e, particularmente, o sector bancário.

Desta forma, entre as principais praças europeias, o CAC derrapa 0,99%, o FTSE 0,87%, o DAX 0,84% e o IBEX 1,32%.

Ainda assim, por cá, a queda é significativamente maior uma vez que o pessimismo afasta ainda mais os investidores estrangeiros da praça lisboeta. O PSI20 cai 3,13% para os 11.528,40 pontos, com todas as empresas, sem excepção, no vermelho.

E a maior desvalorização é do BCP que perde 9,02% para os 2,42 euros (mais de 14 milhões de acções negociadas), arrastado pelo sector. Para além disso, ontem Santos Ferreira foi eleito com 97% dos votos para presidente do maior banco privado português. E ainda o BCP também já foi alvo de uma recomendação negativa. O UBS reduziu o preço alvo do banco para os 1,85 euros.

De seguida encontra-se a Sonae Indústria que cai 5,93% para os 4,60 euros, apesar de ontem o Activo Bank 7 ter dado um potencial de valorização de 146% à empresa.

O peso pesado das telecomunicações, a Portugal Telecom desliza 3,46% para os 8,92 euros. A EDP está a cair 2,51% para os 4,27 euros.

Nota para a PT Multimédia que recua 2,36% para os 8,69 euros. Amanhã realiza-se o dia do investidor da dona da TV Cabo.

Já a Galp Energia, a segunda empresa com maior capitalização da bolsa lisboeta, desliza 2,32% para os 14,74 euros. A saída de espanhóis abre a porta da petrolífera a russos, escreve o «Diário Económico».

Nos EUA, o Dow Jones fechou ontem a cair 2,17% e o Nasdaq 2,82%.