Economia nacional encerra 2005 deprimida - TVI

Economia nacional encerra 2005 deprimida

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A actividade económica manteve uma evolução pouco positiva durante o quarto trimestre, mantendo o comportamento já manifestado nos trimestres precedentes.

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Os indicadores de actividade e de clima melhoraram, mas ficaram aquém dos patamares alcançados na primeira metade de 2005 e longe dos picos do início do segundo semestre de 2004.

O sector que revelou maior dinamismo foi o da indústria transformadora, e também alguns subsectores dos serviços apresentaram um comportamento positivo.

Quanto à procura, observou-se uma recuperação da procura interna, mantendo-se estável o crescimento do consumo e diminuindo a intensidade de quebra do investimento.

A procura interna contribuiu para melhorar a conjuntura, embora de forma pouco significativa. O consumo privado deverá ter apresentado um ritmo de crescimento da mesma ordem de grandeza que a do trimestre precedente, enquanto o investimento deverá ter registado uma quebra menos intensa.

Os sinais menos positivos encontram-se no material de transporte, devido à intensa quebra das vendas de veículos comerciais pesados, havendo, apenas, sinais positivos na componente de máquinas e equipamentos e de recuperação na de construção.

Em relação à procura externa, tanto o valor das exportações como o das importações abrandaram o crescimento, embora mais intensamente no primeiro caso, revelam os dados do Instituto Nacional de estatística (INE). No entanto, é possível que a evolução dos deflatores ainda permita que o crescimento em volume das exportações seja superior ao das importações.

Indústria automóvel faz abrandar exportações

A informação respeitante às transacções até Novembro revela um abrandamento do crescimento do valor das exportações, provocado pelos comportamentos das exportações de combustíveis e, principalmente, de material de transporte, designadamente de automóveis de passageiros, que apresentaram uma quebra muito intensa.

No mercado de trabalho não se observaram grandes melhorias. A taxa de desemprego atingiu um valor máximo no quarto trimestre, e não se registou qualquer recuperação do emprego, isto apesar da informação dada pelos centros de emprego revelarem um aumento das ofertas desde Junho de 2005. Segundo o INE, a taxa de inflação aumentou ligeiramente no trimestre, tendo, porém, estabilizado nos últimos três meses.
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