O presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), Vítor Santos, considera que o sinal preço, apesar de ser um importante complemento para a eficiência energética, é insuficiente para incutir um forte comportamento de poupança nos consumidores. Aliás, os custos da energia provocam comportamentos distintos consoantes os agentes económicos, disse o responsável à Agência Financeira.
«O sinal preço relativamente à eficiência é um complemento importante e é porque as tarifas reflectem custos, mas estes têm impactos diferentes consoante os agentes económicos», afirmou à margem da audição pública do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo (PPEC), organizada pela ERSE.
Para Vítor Santos, o mesmo tipo de tarifas tem um impacto maior para os consumidores industriais-«sobretudo aqueles que têm que fazer concorrência internacional»-, uma vez que basta baixarem ligeiramente os preços para conseguirem ser muito mais eficientes. Já os domésticos são «menos sensíveis» a esta questão.
O regulador afasta assim a ideia de que só com tarifas mais altas é possível tornar os consumidores mais eficientes. «É também necessário informar e sensibilizar os consumidores», comentou à AF.
Quanto à via da liberalização das tarifas, a ERSE voltou a sublinhar que esta deve ser feita apenas quando houver condições concorrenciais no mercado grossista e retalhista.
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Energia: «Domésticos são menos sensíveis às tarifas que indústria»
- Marta Dhanis
- 4 abr 2008, 16:24
![Vitor Santos - ERSE](https://img.iol.pt/image/id/6288520/1024.jpg)
Sinal preço deve ser aliado da sensibilização dos consumidores, defende regulador
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