O governo francês anunciou, no passado sábado, a fusão de ambos os grupos, o privado Suez e a pública Gaz de France, para assegurar em França a existência de um forte império no sector da energia. A intenção é bloquear uma eventual Oferta Pública de Aquisição (OPA) por parte da Italiana ENEL. O Governo de Berlusconi manifestou-se já contra a operação, pedindo mesmo a intervenção de Bruxelas, no sentido de travar esta operação anti-OPA.
O primeiro-ministro, Dominique de Villepin, assegurou que o Governo vai fazer de tudo para modificar a legislação dentro dos trâmites legais, para que a fusão possa ser feita, uma vez que a lei actual impede o Estado de reduzir a sua participação na Gaz de France abaixo dos 70%.
Ambas as empresas vieram dizer que não iam ser postos em causa postos de trabalho e asseguram que o volume de negócio vai ser de 64 mil milhões de euros.
A fusão vai ser precedida por uma oferta da Suez aos seus accionistas de um dividendo excepcional de 1 euro por acção para os 1.250 milhões de euros. A operação vai consistir na troca de uma acção da Suez por uma da GDF, o que representa para os accionistas da empresa de gás um prémio de 3,9% face ao preço médio das acções nos últimos três meses.
França funde Suez e Gaz de France para criar império energético
- Redação
- CC
- 27 fev 2006, 10:35
As empresas do sector energético francês, a Suez e a Gaz de France (GDF) vão oficializar a sua fusão no segundo semestre de 2006. Esta operação não vai levar à supressão de postos de trabalho, segundo adiantam as empresas em comunicado.
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