GNR entrega detidos a serviços prisionais de Timor-Leste - TVI

GNR entrega detidos a serviços prisionais de Timor-Leste

Timor: GNR já está no território - Lusa - 29/05/2006

A GNR transferiu, hoje, para os serviços prisionais de Timor-Leste a custódia de dois timorenses detidos em Díli e que pernoitaram no quartel da força portuguesa por não terem podido sido entregues quarta-feira no centro de detenção.

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Os dois presos abandonaram o quartel temporário da GNR, na zona de Meti aut, zona oriental de Díli, num veículo dos serviços prisionais, conduzido por guardas prisionais e acompanhados por uma funcionária do serviço de prisões timorense.

O veículo foi escoltado até às instalações da GNR por uma viatura com militares australianos que esperaram no exterior do complexo enquanto decorria o processo de transferência dos presos, que foram posteriormente transportados para o centro de detenção de Díli.

Quarta-feira, efectivos da GNR pretenderam entregar os dois timorenses no centro de detenção, gerido pelos australianos, no antigo comando distrital da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL).

No entanto, os soldados australianos recusaram-se a aceitar a entrada d os efectivos da GNR na zona, explicando que só poderiam entregar os presos se en trassem no local desarmados e sob escolta de efectivos militares australianos.

Este incidente, que evidenciou a descoordenação entre as forças internacionais em Timor-Leste, foi gerido ao telefone, através de um intermediário, e s em que tenha havido «qualquer contacto físico entre elementos da GNR e militares australianos», segundo disse à Lusa fonte envolvida nas negociações.

A mesma fonte referiu que houve «um comentário desagradável» por parte do comando australiano, que avisou não se responsabilizar pelo que podia acontecer caso aparecessem no local efectivos da GNR armados.

Os detidos foram então conduzidos ao aquartelamento temporário onde a GNR está instalada, na zona de Metiaut.

A actuação da GNR em Díli foi desbloqueada hoje de manhã, através de um acordo «provisório» de coordenação das forças militares e policiais no terreno, sujeito agora a aprovação no plano político.

Este acordo limita para já a actuação da GNR aos casos em que seja chamada a intervir pelos militares australianos e neozelandeses nas zonas por estes controladas.
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