O Governo português nunca permitirá que empresas estrangeiras mandem na Galp. Esta é, pelo menos, a convicção do presidente do conselho de administração da Galp, Francisco Murteira Nabo.
Em entrevista à Reuters, o responsável confirmou que as relações da Galp com a italiana Eni, sua accionista de referência com 33% do capital, «estão boas», mas assegurou que esta continuará a negociar com os outros accionistas de referência (Amorim Energia e CGD) para tentarem encontrar um consenso até ao final de 2010, altura em que termina o chamado lock-in das suas posições, ou seja, o período durante o qual os accionistas se comprometem a permanecer na empresa.
A partir do início de 2011, chega a segunda fase do acordo parassocial, quando os accionistas podem dispor das suas posições. Ainda assim, a estatal CGD tem direito de preferência sobre qualquer transacção da posição dos outros accionistas.
«O que é necessário e ir falando com os accionistas para que a Galp tenha uma estrutura accionista sólida, consensual e que defenda os interesses portugueses», afirmou Murteira Nabo.
«Acho que o Governo jamais permitirá que a Galp seja controlada por interesses estrangeiros», afirmou, acrescentando que «se a Eni quiser tomar o controlo da Galp, acho que não tem essa hipótese».
A Eni deu a conhecer ao outro accionista da petrolífera, Américo Amorim, que estava interessada em controlar da Galp e que, se isso não fosse possível, sairia da empresa. No entanto, o líder da italiana tem também assegurado que o investimento na Galp é de sucesso, a longo prazo, e que não tem pressa em decidi-lo.
«Governo nunca deixará estrangeiros mandarem na Galp»
- Redação
- PGM
- 22 out 2009, 17:45
Murteira Nabo, presidente do Conselho de Administração fala sobre o futuro da empresa
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