A APED «aplaude» a intenção legislativa do Governo de Sócrates, já que «o grande benefício vai ser essencialmente para os consumidores». Isto porque, em termos de negócio, as superfícies comerciais «apenas vão comercializar cerca de 7% do mercado total dos medicamentos, o que equivale a cerca de 250 milhões de euros de volume potencial».
As exigências da presença de um corpo técnico farmacêutico e a criação de um espaço próprio de loja são os aspectos que mais «preocupam» a associação. Daí que a APED já esteja a elaborar um estudo de análise do investimento e do custo destas medidas, no caso de entrarem em vigor, de forma a avaliar se compensa ou não o retorno.
Ainda assim, a associação admite que o sector está «expectante» em relação a esta oportunidade de negócio.
10% do EBIT é absorvido pela UNICRE
A APED queixa-se ainda da percentagem dos seus negócios que é absorvida pela UNICRE, como pagamento de comissões bancárias pelo uso de cartões Visa e Multibanco nas lojas. Diz a associação que cerca de 10% do seu EBIT, ou seja, 50 milhões de euros, são anualmente entregues àquela entidade.
Hipermercados só vão comercializar 7% do total de medicamentos
- Sandra Almeida
- 7 jul 2005, 19:30
A estratégia de liberalização de venda de medicamentos em superfícies comerciais «não é um negócio da China», para as empresas de distribuição, afirmou o presidente da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), num debate com os jornalistas.
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