Em comunicado hoje divulgado e após a reunião no Ribatejo onde discutiram o sector, a Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA) diz que a indústria automóvel «só terá condições para inverter a tendência de continuada crise no momento em que se inicie a desejada retoma económica».
Além disso, refere também que a «alteração radical da fiscalidade» é condição essencial para essa inversão de tendência.
A «cada vez mais pesada carga fiscal» tem estado a limitar as vendas deste sector, segundo os representantes dessa indústria.
A ANECRA mostrou ainda «profunda apreensão» com o comportamento das vendas já em 2006: depois de em 2005, as vendas de automóveis terem estagnado, em Fevereiro, esse indicador tinha caído 3% face a igual mês do ano anterior.
Desde 2000, as vendas de veículos recuaram 34%.
As actividades de manutenção e chapa/pintura também se têm degradado, de acordo com a ANECRA, para quem a solução de agrupamento das redes de oficinas tem sido uma estratégia capaz de colmatar as carências das estruturas empresariais de pequena dimensão.
A associação voltou a dizer que o actual sistema de incentivos ao abate de veículos continua muito burocratizado e sem sucesso no objectivo de substituir carros muito velhos por novos.
Inversão da crise no sector automóvel depende da retoma
- Redação
- Lusa/SAS
- 14 mar 2006, 20:09
A inversão da crise no sector automóvel só será possível quando a retoma económica começar e quando as regras de fiscalidade forem alteradas, concluíram os empresários do ramo automóvel depois de um encontro no fim-de-semana.
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