Liberty estuda compra do negócio segurador do BPN - TVI

Liberty estuda compra do negócio segurador do BPN

BPN

Grupo quer crescer organicamente e por aquisições

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A Liberty Seguros quer crescer em Portugal através de aquisições, estando a analisar a compra do negócio segurador do BPN, afirmou à «Lusa» o presidente-executivo (CEO) da unidade portuguesa da empresa norte-americana, José António de Sousa.

«A Liberty foi uma das companhias convidadas a estudar o dossier. Este processo é liderado directamente de Boston, pelo que aqui não temos qualquer informação sobre os detalhes da negociação», afirmou o responsável.

No início de Setembro, a imprensa económica noticiou que o BPN pretende vender a Real Seguros, a companhia seguradora do grupo, no âmbito do plano de reestruturação que a administração liderada por Miguel Cadilhe está a levar a cabo.

Até ao final de 2008, a Liberty vai investir na abertura de duas delegações, em Matosinhos e Guimarães, e poderá avançar para a «compra de uma das várias seguradoras que estão a ser oferecidas ao mercado, caso os preços sejam razoáveis e a análise quanto a complementaridade das operações seja satisfatória», acrescentou.

Em 2009, a seguradora vai reforçar a posição no interior do país e nas Regiões Autónomas, abrindo entre 5 a 7 novas delegações.

A crise financeira que assola o sector financeiro nos Estados Unidos não está a pôr em causa os planos de expansão da Liberty, garante José António de Sousa.

«As crises financeiras geram oportunidades. A Liberty Seguros não foi grandemente afectada em forma directa pela crise, pois não tinha investimentos exóticos naqueles que se consideram produtos tóxicos», defendeu.

«Como todas as empresas do mundo, estamos na expectativa de ver quais as consequências que a crise financeira vai ter na economia real, afectando os nossos clientes, as empresas, os particulares e as famílias», acrescentou o gestor.

«A nossa casa-mãe não nos deu nenhuma instrução especial, aliás nunca dão. Confiam plenamente nas equipas locais para gerir as operações em cada mercado, em função da situação específica de cada uma, e de cada mercado. Neste momento, a nossa actividade operacional não está minimamente condicionada, não cortamos nenhum dos investimentos previstos para este ano», concluiu.
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