«Novela BCP» pode ter chegado ao fim - TVI

«Novela BCP» pode ter chegado ao fim

BCP: Vitória de Santos Ferreira

Especialistas prevêem alguma acalmia no banco

Relacionados
Pode ser o fim da «novela BCP». Os analistas contactados pela Agência Financeira vêem com bons olhos algo que já era esperado, a eleição de Santos Ferreira para a presidência do banco. Mais favorável foi ainda o consenso de 97% dos accionistas o que faz adivinhar uma acalmia naquele que é o maior banco privado português.

Recorde-se que a crise no BCP começou com a administração liderada por Paulo Teixeira Pinto, aquando o lançamento de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o BPI. Depois do falhanço desta, criou-se uma guerra interna no banco entre Teixeira Pinto e o presidente não executivo, Jardim Gonçalves. Desta resultou a demissão do primeiro e a sua substituição, pelo já administrador, Filipe Pinhal. No entanto, esta eleição criava alguma discordância entre os accionistas que mesmo assim resistiram à proposta de fusão por parte do BPI. O pior para os clientes do banco foi quando descobriram que o BCP estava envolvido em situações ilícitas, ainda sob investigação do Banco de Portugal, CMVM e da Procuradoria-geral da República.

BCP renasce com esmagadora maioria de Santos Ferreira

Administração deve agora focar-se em conquistar confiança de funcionários e clientes

Desde o anúncio da lista de Santos Ferreira que os analistas acreditavam que este seria o novo presidente do BCP e, por isso, não se mostraram surpresos com a notícia. «A maioria dos votos foi esmagadora. É positivo para o banco e pelo menos, no curto prazo, traz alguma estabilidade. Neste momento, é preciso reagrupar e definir a estratégia», afirmou um especialista que preferiu ficar no anonimato.

E acrescenta outro: «Traduz unidade e por isso pacificação no banco. No entanto, os problemas do BCP passam também pelas perspectivas negativas do sector em que está inserido e a que não pode ser indiferente».

Ainda John dos Santos, da Lisbon Brokers, reforça a ideia de que agora é preciso a administração focar-se nos próximos passos. «A primeira fase está completa com a ter o apoio da estrutura accionista. Fica a faltar a confiança e reanimar a força de trabalho do banco. Por fim, há que conquistar a confiança dos clientes e mantê-la», referiu.

Pacificar BCP e pôr contas em ordem são principais desafios

Apenas o analista Francisco Goarmon, da Probolsa, se mostrou mais céptico. «Há algumas alterações uma vez que Santos Ferreira vai impor traços pessoais, mas não prevejo grandes alterações».
Continue a ler esta notícia

Relacionados