Resultados da PT superam expectativas da Lisbon Brokers

«De um modo geral foram melhores do que as nossas expectativas em termos operacionais, já que o EBITDA superou as nossa estimativa em 2%. Queremos destacar a excelente performance da TMN já que a programada redução das taxas de interligação no móvel afectou a totalidade do primeiro trimestre de 2006, enquanto que em 2005 somente teve impacto a partir de Março».

Os analistas destacam também que a margem EBITDA da TMN de 46%, apesar de ser uma queda de 2,9 pontos percentuais em termos homólogos, ficou ligeiramente acima dos 45,4% indicados pelas suas estimativas.

A Vivo foi ainda de encontro ao esperado pela Lisbon Brokers uma vez que seguiu a sua política de favorecer a retenção de clientes em vez de agressivamente tentar captar novos subscritores, resultando numa quebra no ritmo de novas adições líquidas.

«Contudo, e apesar de registar uma forte subida nas suas receitas, mais 31,7% em termos homólogos para os 523,2 milhões de euros, sofreu novamente em termos de margem que caiu para os 26,7%, apesar de este valor significar uma melhoria face aos 20% alcançados no quarto trimestre de 2005», comentaram.

Resumindo, para os analistas, o lucro líquido apresentando de 210,9 milhões de euros, superou a sua «estimativa de 155 milhões de euros em 36%, e a do consenso do mercado (de 134,9 milhões) em 56,3%».

Por outro lado, a Lisbon Brokers tem em conta que, com o «efeito do reporte fiscal de 53 milhões de euros contabilizado neste trimestre, o resultado líquido teria saído perfeitamente em linha com o seu valor mas mesmo assim bastante acima das expectativas da generalidade do mercado».

«Resultados operacionais sólidos»

Os analistas consideram ainda que a Portugal Telecom apresentou uns resultados operacionais bastante sólidos, com uma margem forte na TMN. «Iremos rever o nosso modelo, mas não antecipamos alterações perceptíveis nas nossas estimativas nem na nossa avaliação», referiu John dos Santos, analistas da Lisbon Brokers.

Assim, «e tendo consciência de que os títulos irão estar condicionados pela oferta pública de aquisição (OPA) da Sonaecom a 9,50 por cada acção da Portugal Telecom (ou 9,41 euros por acção se a proposta da alteração da oferta da Sonaecom for eventualmente concretizada), mantemos a nossa recomendação sobre os títulos da Portugal Telecom de «comprar», apesar de o nosso valor justo de 11,70 euros por título implicar já uma valorização potencial de 25% face ao último fecho de mercado», concluiu.

As acções da PT seguem, neste momento, a subir 0,43% para os 9,39 euros.