Santana «sem credibilidade» para concorrer a eleições - TVI

Santana «sem credibilidade» para concorrer a eleições

Santana Lopes pede confiança no Governo

O "histórico" social-democrata Macário Correia manifestou-se hoje contra a continuação de Santana Lopes à frente do PSD, alegando falta de "sentido de Estado" e de credibilidade do primeiro-ministro, e defendeu que o partido deve concorrer sozinho às eleições.

Em declarações à Lusa, o actual presidente da Junta Metropolitana do Algarve afirmou que, apesar dos "calendários apertados", "não é um bom trunfo apresentar alguém ao País para governar quando acaba de dar sinais de que não é capaz de governar com sentido de Estado".

"Esta direcção política apresenta-se com um currículo recente que é triste, de falta de sentido de Estado, falta de capacidade de governação, incompetência na gestão dos assuntos superiores do interesse público da governação e, portanto, apresenta-se sem credibilidade", disse.

Segundo Macário Correia, não há condições para o ainda primeiro-ministro se apresentar ao eleitorado "em nome das pessoas sérias, responsáveis, honestas e sensatas do PSD", que "não se revêem nesta direcção política".

Como saída para a actual situação do partido, considerou possível, embora delicado do ponto de vista processual, a convocação de um novo congresso.

"Quem se apresentar como candidato a líder tem que passar por uma situação delicada, dias depois do último congresso, e tem um cenário eleitoral pela frente que não é o mais favorável", considerou, sustentando que se trata de um "sacrifício delicado de pedir mesmo a pessoas com elevado sentido de Estado".

"Temos milhares de militantes com sentido de sensatez e temos que encontrar uma solução razoável", apelou, reconhecendo que "os ventos não sopram favoravelmente para os lados do PSD".

Considerando que Cavaco Silva tem "um sentido de Estado e um currículo político" que fazem dele uma hipótese para substituir o actual líder, como defendeu Pacheco Pereira, Macário Correia enfatizou que além do ex-primeiro-ministro, de quem foi secretário de Estado do Ambiente, "há muitas pessoas que se podem chegar à frente".
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