Teixeira dos Santos vai dizer hoje o que sabe sobre o BCP - TVI

Teixeira dos Santos vai dizer hoje o que sabe sobre o BCP

  • Rui Pedro Vieira
  • 29 jan 2008, 08:29
teixeira dos santos

Depois de Vítor Constâncio e Carlos Tavares

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É o terceiro nome de peso a falar sobre as alegadas irregularidades no BCP, que tanto o governador do Banco de Portugal (BdP), Vítor Constâncio, como o presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Carlos Tavares, admitiram poder ocorrer porque a supervisão «não consegue ver tudo».

E o que terá a dizer o actual ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, tendo em conta que, na altura referida como crítica para as irregularidades do maior banco privado português, era também o presidente da CMVM? Segundo os deputados, terá muito para contar, na sessão agendada para as 15h00 na Assembleia da República.

Recorde-se ainda que, de acordo com fonte oficial do ministério à Agência Financeira, na altura da confirmação da nova data desta audição, Teixeira dos Santos será ouvido «na qualidade de membro do Governo que detém a tutela do sistema financeiro no seu todo», mas o peso de quem já passou pela presidência da regulação do mercado vai ser argumento para quem tem pedido explicações.

O que disseram Constâncio e Tavares

Sobre as anteriores audições, o governador Vítor Constâncio explicou no Parlamento que a investigação que o BdP está a realizar ao BCP ainda não conseguiu apurar quem são os proprietários de 17 sociedades criadas em regime «off-shore».

Já o presidente da CMVM, Carlos Tavares, explicou que a grande prioridade é conseguir finalizar a investigação «com rapidez», apontando o prazo como uma questão de meses. O ex-ministro da Economia recordou também que estas investigações estão a ser articuladas com o BdP, mas que as situações detectadas no BCP «teriam sido menos prováveis se o modelo de governação tivesse sido outro».

«Alguns processos tornaram-se espécie de fuga à supervisão», acrescentou Carlos Tavares.

Sublinhe-se que as alegadas irregularidades no BCP levaram inclusivamente o accionista Joe Berardo a realizar uma denúncia à Procuradoria-geral da República.
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