BCP: entidades «off-shore» não tinham posições qualificadas - TVI

BCP: entidades «off-shore» não tinham posições qualificadas

  • Sónia Peres Pinto
  • 24 jan 2008, 21:13
BCP

Por isso, «eram mais difíceis de controlar»

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O presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Carlos Tavares, garantiu esta quinta-feira, no Parlamento, que as entidades «off-shores» do BCP não atingiam os dois por cento, como tal não detinham participação qualificada.

Por isso, no entender do responsável, «eram mais difíceis de controlar».

Recorde-se que, todos os accionistas que passem a deter uma participação qualificada são obrigados a revelar ao mercado.

Quando questionado pelo CDS-PP se era possível conhecer antecipadamente as «off-shores», Carlos Tavares disse apenas que «é muito fácil a posteriori dizer o que poderia ter sido feito», acrescentando, no entanto, que essas sociedades «foram criadas de uma forma e foram-se transfigurando ao longo do tempo».

Em relação à possibilidade de essas «off-shores» participarem nas Assembleias-gerais (AG) realizadas pelo banco, o presidente do órgão de supervisão afirmou que «ainda não sabe» mas acredita que «se participaram nas AG foi através de procurações».

Carlos Tavares relembrou ainda que não está em causa a legalidade ou não de criação de «off-shores», uma vez que, no entender do mesmo, «uma instituição não pode subscrever acções próprias além de um limite, seja em «off-shores», seja numa empresa em Lisboa ou no Porto», acrescentando ainda que «estas só tornam mais difíceis chegar lá».

O responsável está a ser ouvido na Comissão de Orçamento e Finanças, para explicar como é que o órgão a que preside deixou passar as alegadas operações ilícitas realizadas pelo BCP.
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