Unicer «não espera facilidades» com Heineken na SCC - TVI

Unicer «não espera facilidades» com Heineken na SCC

  • Rui Pedro Vieira
  • 14 fev 2008, 06:00
Unicer

Em 2007, «Super Bock» liderou com 52,2% de quota

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A Unicer está atenta às mutações do mercado e vê com naturalidade o processo de consolidação a nível internacional. Com o anunciado acordo de aquisição, entre a Carlsberg (segundo maior accionista da dona da «Super Bock», com 44 por cento) e a Heineken, da Scottish & Newcastle, a Sociedade Central de Cervejas (SCC), dona da «Sagres», passa a ser detida pelo grupo holandês. Para o presidente da Unicer, António Pires de Lima, «não se esperam facilidades».

«Os players deste mercado são cada vez mais grupos poderosos, o que pressupõe uma concorrência forte», disse o responsável à Agência Financeira, à margem da apresentação de resultados anuais da empresa, que decorreu esta quarta-feira, na sede de Leça do Balio.

«A competição é saudável, mas vamos ter de dar o máximo», acrescentou Pires de Lima.

De acordo com dados da consultora Nielsen, a «Super Bock» manteve a liderança da quota de mercado de cervejas em 2007, com 52,2% da quota de mercado, enquanto a rival «Sagres» se posicionou nos 44,2%.

500 despedimentos em 2007

A Unicer realizou um processo de reestruturação interna, iniciado no último trimestre de 2006, que implicou a saída de 500 colaboradores no ano passado.

Com um custo total de cerca de 36 milhões de euros, este processo de organização implicou verbas de 17 milhões apenas para rescisões e de cerca de 11 milhões de euros para redução de valor de activos (onde se inclui o fecho da fábrica de Loulé).

«Este era um caminho inevitável e necessário para a Unicer, pelo que procurámos conduzir o processo com sentido de responsabilidade social», sublinhou Pires de Lima.

«A parte substancial deste processo está cumprida e não prevemos que se repitam medidas como as tomadas pela empresa no ano passado», rematou.
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