Teixeira dos Santos diz que não há bancos nacionais em perigo

O ministro das Finanças disse esta quinta-feira não ter conhecimento da existência de alguma instituição bancária «que tenha problemas ao ponto de se colocar em perigo» de falência.

Teixeira dos Santos sublinhou que, ainda assim, «o Estado não permitirá que nada coloque em causa as poupanças dos portugueses» e apelou para que não liguem a rumores.

«O rumor é uma coisa devastadora. Não se deve dar importância a rumores. É perigoso», disse no programa «Grande Entrevista» da RTP, a propósito do nome do BPN, que tem sido referido como o de um banco com dificuldades.

«Não faz sentido apontarmos o dedo, desestabiliza a confiança», acrescentou.

O que está no banco está seguro

O responsável pela pasta das Finanças disse ainda que não se pode ignorar a ideia de que sempre que uma instituição vive em dificuldades, isso resulte de má gestão.

«Aquilo que as pessoas têm no banco está seguro», reiterou Teixeira dos Santos.

Já sobre a proposta de garantias à banca até 20 mil milhões de euros, esta quinta-feira aprovada em Parlamento com votos favoráveis do PS, PSD e CDS-PP, o ministro disse que esta é de importância fundamental para que o sistema financeiro possa funcionar. E lembrou que «o Estado irá exigir contra-garantias» face aos valores que venham a ser disponibilizados às instituições. Algo que, em última análise, poderá passar por bens, privilégios ou a passagem de crédito a capital.

«Isto tem de ser feito com o escrupuloso intuito de garantir os interesses dos nossos contribuintes», sublinhou Teixeira dos Santos.

Perante este facto, o responsável entende a proposta de garantias até 20 mil milhões como distinta da nacionalização, dado que esta é «um acto de força, enquanto aqui (se trata de) um acto negociado».