J. Martins: preços baixos não dependem de horários de hipers

O grupo de distribuição Jerónimo Martins considera que a prática de preços baixos, tanto das insígnias Pingo Doce como Feira Nova, não está de todo relacionada com os horários de abertura.

Numa nota de esclarecimento à Agência Financeira, a marca refere que a redução de preços «é fruto de poupanças obtidas do trabalho de simplificação de processos que visa a redução de custos de complexidade e aumento da eficácia».

É esta a resposta da Jerónimo Martins à tese de que o alargamento dos horários dos hipermercados aos domingos e feriados à tarde teria repercussões ao nível de uma descida nos preços, opinião sustentada pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) e já reiterada pelo grupo Sonae Distribuição.

«Só assim se pode reduzir preços de forma sustentada no tempo. Continuaremos sempre atentos a poupanças que se possam obter para mantermos a competitividade com a qual nos temos vindo a firmar junto do consumidor», disse ainda o grupo de distribuição.

Recorde-se que, de acordo com uma proposta do PSD, que foi aprovada em Assembleia da República e que vai ser debatida na especialidade, os hipermercados vão poder ficar abertos aos fins-de-semana e feriados, cabendo, ainda assim, a última palavra sobre este funcionamento aos municípios. Sobre esta proposta, a Jerónimo Martins não quis avançar comentários.

Jumbo subscreve APED

Questionada sobre a possibilidade de reforçar a equipa, com o alargamento de horários dos hipermercados, a Jerónimo Martins adiantou à Agência Financeira que, «no curto prazo não antecipamos um reforço significativo». No entanto, a marca avança ser ainda prematuro avançar com quaisquer números.

Contactado igualmente pela AF, o grupo Auchan, dono da cadeia Jumbo, remeteu também a sua posição para a APED que, desde que lançou a petição para a abertura dos hipermercados ao domingo, tem vindo a defender que a extensão do horário dos hipermercados para os domingos e feriados estimulará a criação de emprego, aumentará o consumo privado e irá ter consequências no decréscimo do preço médio do cabaz de compras para o consumidor, induzido pela maior concorrência e maior produtividade.

As acções da Jerónimo Martins seguem a valorizar 0,74% para 2,21 euros.