«Os preços não vão baixar, porque a carga fiscal mantém-se», afirma o responsável. Isso significa, segundo Hélder Pedro, que o peso dos impostos no preço do veículo continuará a representar cerca de 50% do valor total do mesmo.
«O impacto é neutro na carga fiscal, porque o Governo precisa das receitas. A própria proposta directiva a ser aprovada não mexe nas receitas fiscais, só mexe nos princípios da tributação, porque não vai harmonizar a carga fiscal dos Estados, cada país é livre em termos de cobranças», afirma o secretário-geral da ACAP, acrescentando ainda que «seria muito complicado obrigar os Estados a baixar os impostos, pois caso contrário a Comissão Europeia seria obrigada a indemnizar os Governos».
Medida com pouco impacto
Com esta nova medida, o Governo pretende penalizar os veículos mais poluentes, o que no entender do secretário-geral da ACAP, terá pouco impacto, uma vez que esta alteração «só será aplicada no mercado dos veículos novos e são aqueles que poluem menos».
«Estamos a seguir a tendência que se verifica em toda a União Europeia, neste momento há nove países europeus a introduzir a componente ambiental em 2007. Portugal segue a moda da Europa mas só a aplica no mercado de novos», refere o responsável.
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Afinal «preço dos carros não baixa» com mudança no imposto
- Sónia Peres Pinto
- 25 jan 2007, 14:11
Os preços dos automóveis não vão baixar com a medida aprovada ontem pelo Governo e que prevê a introdução da componente ambiental no Imposto Ambiental (IA) e que irá ter um peso de 60 por cento em 2008, garante à «Agência Financeira», o secretário-geral da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP), Hélder Pedro.
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