Polémica TGV: Sócrates acusa PSD de «vil mentira»

O primeiro-ministro pediu à bancada do PSD um pedido de desculpas devido à polémica que envolveu o TGV.

No debate quinzenal, que decorre esta quarta-feira no Parlamento, José Sócrates questionou como era possível o tipo de acusação que teve a ver com a acusação da líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, ao dar a entender que o Governo enviou um jornalista da agência Lusa a Espanha para analisar as reacções do país vizinho às declarações da líder social-democrata contra a rede de alta velocidade.

«É uma vil mentira», disse José Sócrates, aproveitando para questionar o sentido do slogan do PSD, «Vencer com verdade», e lembrar o apoio antigo do PSD ao projecto.

Neste ponto, acusou o partido da oposição de «falta de sentido de Estado» neste tópico, ou seja, quando está no poder tem uma posição e quando não está tem a contrária.

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Ainda sobre obras públicas, o líder da bancada social-democrata, Paulo Rangel, lembrou a proposta de cooperação da Airbus com a indústria portuguesa, por ocasião da venda de 10 aviões à TAP, em 2005, que, segundo avançou o jornal «Público» se limitou à «concretização de alguns negócios» com a Ogma e com a empresa Lauak.

O país pagou, através da TAP, 2,5 mil milhões de euros pela renovação da sua frota de aviões; as duas empresas tiveram contratos de fornecimento de serviços à EADS no valor de 18 milhões de euros, em 2007.

Segundo o mesmo jornal, não era essa a intenção da Airbus, que pretendia um programa de cooperação com a indústria nacional.

Em resposta, Paulo Rangel questionou, tendo em conta este exemplo, como serão as contrapartidas por outros projectos como o novo aeroporto.

Relançar o investimento para combater a crise

Já sobre a gestão do Governo em tempo de crise, Sócrates reiterou Governo entende que a questão essencial para combater a crise é relançar o investimento público».

José Sócrates disse ainda que uma das linhas essenciais da sua política de combate à crise é «estar próximo das empresas».

O primeiro-ministro lembrou o aumento de 2,9% nos funcionários públicos e a baixa da taxa social única, que recua em 3 pontos para as empresas até 50 colaboradores e que não venham a despedir.

«Isto significa orientar as políticas para responder aos problemas», acrescentou Sócrates.