Investimento no aeroporto de Faro é forma de combater crise

O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, considerou esta quarta-feira que o investimento de 130 milhões na remodelação e ampliação do Aeroporto de Faro é uma forma de combater a crise económica porque permitirá criar mais emprego.

«Temos que fazer este investimento por ser útil para o desenvolvimento económico, porque cria emprego e é uma forma também de combater a crise económica», disse Lino, avançou a Lusa.

Mário Lino falava durante a apresentação do projecto, que decorreu no Aeroporto de Faro e contou também com a presença do presidente do Conselho de Administração da ANA, empresa que gere os aeroportos portugueses.

O ministro mostrou-se ainda confiante de que mesmo que a crise económica provoque uma diminuição no tráfego de passageiros, essa será uma situação temporária e o país tem que pensar em medidas com projecção de médio e longo prazo.

Não se pode esperar que crise passe

«Nestas alturas há sempre alguém que diz que com a crise vai baixar tráfego, mas as decisões não se tomam pelo que se vai passar no mês seguinte ou no ano seguinte», afirmou o governante.

O ministro defende que a estratégia a seguir pelo Governo não é «deitar edifícios abaixo» quando já não são necessários, mas sim perceber a importância deste tipo de projectos, decisivos para o futuro.

«A política do governo não é ficar parado, deitar as mãos à cabeça e esperar que crise passe, é fazer investimento público que seja útil», acrescentou, sublinhando que a primeira fase de obras vai dar emprego directo a cerca de 300 pessoas.

O contrato da primeira empreitada daquele projecto, que consiste na ampliação e remodelação das áreas operacionais e se iniciará no próximo mês com conclusão prevista até 2013, foi também assinado hoje.

Na primeira fase está previsto um aumento da segurança operacional com a implementação do sistema ILS (Instrument Landing System) em mais uma pista, dotando-a de condições mais seguras para aterragem de aeronaves.

A faixa de segurança da pista será ainda alargada para Sul, estando ainda previstas a criação de cerca de dez novas posições de estacionamento para aviões para permitir um aumento do movimento das aeronaves.

Numa segunda fase, que se estenderá entre 2011 e 2013 será dada prioridade à remodelação do terminal de passageiros - com novas áreas públicas e comerciais -, e acessibilidades terrestres.

A estrutura, inaugurada em 1965, tem capacidade para cerca de 6 milhões de passageiros por ano e recebe anualmente 5 milhões, sendo um dos objectivos das obras elevar esse número para 8 milhões.

A remodelação do aeroporto inclui ainda a construção de um hotel na zona circundante à estrutura, cujo objectivo é aumentar a capacidade do aeroporto para atrair novas companhias e rotas.