Lino disposto a analisar outros estudos sobre a localização do aeroporto

«(O Governo) aceita todos os relatórios - como tem aceite até agora todos os relatórios - que lhe queiram apresentar e olhará com toda a atenção para eles, como sempre foi, e sobre qualquer opção», disse Mário Lino aos jornalistas, no final da assinatura de um protocolo para o arranque das novas instalações para o Centro de Análise e de Operações contra o Narcotráfico Marítimo, quando questionado se estaria disposto a aceitar o estudo da Associação Comercial do Porto (ACP), avançou a «Lusa».

Numa entrevista ao programa «Diga Lá Excelência», do Público, Rádio Renascença e RTP2, o presidente da ACP, Rui Moreira, defende a opção «Portela+1» e diz, inclusivamente, que Mário Lino, no inicio do seu mandato, «tinha muitas dúvidas sobre a OTA e que o aeroporto devia ser na margem sul».

«A parte do inclinado mais para a margem sul não corresponde à verdade. Tive dúvidas como é normal. Tinha acabado de chegar ao Governo, não conhecia o dossier em pormenor, tive dúvidas e tive de me inteirar e de me informar sobre tudo o que tinha sido feito pelos governos anteriores e conclui que a opção tinha sido bem tomada», rebateu.

Por outro lado, no que diz respeito ao estudo levado a cabo pela Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), o ministro voltou a afirmar não ter havido qualquer tipo de negociação ou de acordo com o Governo.

«O Governo não impôs, não exigiu, não negociou, não interferiu em nada daquilo que é o conteúdo, a forma, quem faz o estudo, quais são os objectivos, nada», garantiu.

«O governo ouviu uma proposta do senhor presidente da CIP, disse sim senhora que quando o estudo viesse que olharia para ele, três meses depois recebemos o estudo e estamos a olhar para ele», afirmou.

Nesse âmbito, Mário Lino sublinhou mesmo que, para já, o estudo encomendando pela CIP serviu para mostrar que de todas as hipóteses estudadas até agora a OTA é a melhor.