Governo estuda novo modelo para o Metro do Porto - TVI

Governo estuda novo modelo para o Metro do Porto

Metro do Porto:TC diz que houve falhas de gestão

Os ministérios das Obras Públicas e das Finanças estão a preparar um novo modelo de gestão da Metro do Porto que assegurará uma «maior relação entre a responsabilidade do financiamento e a estrutura societária» da empresa, avançou esta terça-feira a «Lusa».

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O anúncio foi feito pela secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, em Valongo, um dia depois de o Tribunal de Contas ter apontado que o Governo era imprudente por financiar o Metro do Porto sem controlar a gestão ou ter a maioria do capital.

No relatório de auditoria à empresa, o Tribunal de Contas considerou «pouco prudente» a actuação do Estado na empresa, ao não assegurar uma participação maioritária nem o controlo da gestão, apesar de garantir a maior parte do financiamento do projecto.

Ana Paula Vitorino, que falava à margem da inauguração da Plataforma Logística do Serviço Português de Contentores, escusou-se a revelar se o Governo vai assumir o controlo da gestão da Metro do Porto.

«Terá de haver uma relação directa entre quem assume a responsabilidade financeira e quem tem o poder de tomar decisões dentro da empresa» acrescentando, no entanto «que qualquer anúncio de solução será feito a seu tempo».

«Estamos a falar de uma maior relação entre a responsabilidade do financiamento e a estrutura societária, uma vez que, conforme referiu o Tribunal de Contas, a maioria do capital da empresa não está na administração central, que é quem tem a responsabilidade do financiamento do metro», afirmou.

Ana Paula Vitorino disse, também, que qualquer outra decisão sobre a expansão do projecto da Metro do Porto dependerá da consolidação das soluções financeira e societária da empresa. «Tem de haver uma solução que resolva o problema financeiro do Metro do Porto e, simultaneamente, o problema de enquadramento institucional e societário e de desenvolvimento do próprio metro», afirmou.

Segundo garantiu a secretária de Estado, «não está em causa a perda de fundos comunitários, já que o QREN ainda não entrou em execução e os sistemas de metro nas áreas metropolitanas serão prioritários na sua filosofia de construção».
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