EDP quer 250 mil consumidores com telecontadores em 2009 - TVI

EDP quer 250 mil consumidores com telecontadores em 2009

Contadores

A EDP pretende que, em 2009, cerca de 250 mil consumidores portugueses já estejam equipados com a «Energy Box».

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De referir que este equipamento modular, que surge no âmbito do projecto InovGrid, integra um telecontador mais moderno que vai permitir uma melhor gestão do consumo de electricidade e também do processo de microgeração.

«No prazo de dois anos, queríamos que, no mínimo, 250 mil pessoas tivessem já acesso a essa «EnergyBox», que permite fazer uma melhor gestão da optimização da energia em casa, com mais informação, mas também possibilitar a gestão da energia como receptores e emissores, através da microgeração», afirmou o presidente executivo da EDP, António Mexia, à saída da conferencia para apresentação do InovGrid.

Recorde-se que, recentemente, o Governo aprovou legislação para que os comuns consumidores de electricidade em Portugal possam fazer a sua própria produção e ainda vender a excedente.



Para o ministro da Economia, Manuel Pinho, este projecto vai «levar a que, em meia dúzia de anos, a capacidade individual dos consumidores seja igual à de uma grande barragem».

E acrescentou: «É uma iniciativa totalmente privada. O Governo definiu as condições, faltava o bom instrumento para completar este processo».

Substituição de contadores custa mais de 2 mil milhões

A EDP vai investir, numa primeira fase até 2010, cerca de 70 milhões de euros que, de acordo com Mexia, não terão impacto para os consumidores. No entanto, «não há almoços grátis». De acordo com o administrador da eléctrica para os Recursos Humanos, António Pita de Abreu, este plano de substituição dos contadores vai ter custos semelhantes a outros casos. Um deles é o Canadá que, exemplificou o responsável, para 4 milhões de contadores/consumidores, gastou cerca de 2 mil milhões de euros.

Pita de Abreu referiu ainda que, 50% da electricidade consumida em Portugal é telecontada e que o preço dos contadores actuais já está incluído nos activos pagos pela tarifa. Quanto a este plano de substituição, o responsável diz ser complicado fazê-lo de uma vez só, tendo em conta os mais de 5 milhões de consumidores no país.

Nesse sentido, cabe aos reguladores avaliarem esta situação e decidirem quanto se vai pagar. Por isso mesmo, refira-se que decorre uma consulta pública da Entidade Reguladora do Sector Energético (ERSE) sobre a telecontagem em Portugal. Até ao final deste mês de Outubro, a proposta deverá ser apresentada. Mas quem terá a última palavra será o Governo porque, depois de calculados os custos, faltará saber a quem se destinam.

E Pita de Abreu, sobre este assunto, sublinhou: «Tudo tem um encargo para o consumidor».

Os telecontadores vão começar por ser instalados nas casas de quem fizer um novo contrato e não por solicitação dos consumidores. Relativamente a quem já é cliente da EDP, a sequência com que irá ser feita a substituição ainda está por definir.
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