Lino diz que aeroporto na Margem Sul é «solução faraónica» - TVI

Lino diz que aeroporto na Margem Sul é «solução faraónica»

Mário Lino no Parlamento (foto Tiago Petinga/Lusa)

(Notícia actualizada com mais declarações de Mário Lino)

Relacionados
O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, voltou esta quarta-feira, num almoço promovido pela Ordem dos Economistas, a defender «acerrimamente» a solução da construção do novo aeroporto na OTA.

Entre a explanação dos seus argumentos e a refutação às soluções apresentadas pela corrente contrária à da decisão do Governo, nomeadamente a do maior grupo partidário da oposição (o PSD), Mário Lino afirmou considerar que «fazer um aeroporto na Margem Sul do Tejo (como tem sido apontado pelos seus opositores como uma opção) seria faraónico».

Recorde-se que o Poceirão foi dada como uma hipótese pelos opositores à solução OTA.

Ministro duvida que Bruxelas desse aval

O ministro lembrou que naquela localização não existem escolas, hospitais, indústria, nem pessoas. Para pôr um aeroporto a funcionar na Margem Sul «teriam que lá se colocar milhões de pessoas. E ali sim (ao contrário da OTA), levantam-se questões ambientais graves», frisou.

«Até estou convencido que um aeroporto na Margem Sul jamais teria o aval de Bruxelas, dadas as mesmas questões ambientais», acrescentou.

Em suma, Mário Lino conclui que «quer por razões ambientais, quer por questões de ordenamento do território» a Margem Sul do Tejo nunca poderá ser apresentada como uma solução para a construção do novo aeroporto.

Portela+1 também não é opção

O governante abordou também a eventualidade de se substituir a OTA por mais um ou dois aeroportos, como se chegou a equacionar, no entanto, também esta solução, garante, está totalmente afastada.

«Há um problema, que até se costuma de denominar de quadratura do círculo: já se provou que não se consegue resolver. Não conheço dois aeroportos em Madrid, não conheço dois aeroportos em Nice. Não se justifica a existência de dois ou três aeroportos em Lisboa. Esta solução não existe no nosso (do Governo) pensamento», sublinhou.

Para o ministro estar-se-ia a fazer o «alargamento» necessário de um aeroporto, o da Portela, construindo «mais um ou dois piores».

«Não é financeiramente defensável nem viável de forma nenhuma», assegurou mais uma vez, para justificar a opção do Governo pela OTA.
Continue a ler esta notícia

Relacionados