AIP defende modernização de sectores e investimento em novas áreas

Para o presidente da associação, Rocha de Matos, é necessário promover alterações profundas na organização do Estado e da economia. Para este, o tecido empresarial que é constituído essencialmente por micro, pequenas e médias empresa, está assente «num modelo competitivo frágil e desajustado, em que há a necessidade de criar bases para um novo modelo competitivo, com uma estratégia baseada na inteligência de mercados».

Uma das soluções passa, de acordo com a AIP, por uma aposta na internacionalização. «É necessário mobilizar para a exportação um número considerável de empresas na faixa das PME que já têm dimensão e massa crítica para se projectarem nos mercados externos».

«O grande desafio para as políticas públicas e para as novas estratégias empresariais passa por modernizar os nossos sectores tradicionais, onde estão em curso interessantes mudanças (têxteis técnicos, por exemplo), e, sobretudo, investir em novos sectores e actividades de maior valor acrescentado, onde se destacam os sectores ligados às TIC, às biotecnologias, às tecnologias da saúde, às novas energias, etc».

Carga fiscal elevada

Rocha de Matos considera também que, em matéria de políticas públicas, a fiscalidade é igualmente uma questão-chave. «A AIP entende que a carga fiscal em Portugal é elevada. Temos um sistema fiscal complexo e, em muitos aspectos desajustado das actuais realidades económicas».

Nesta matéria, a associação «uma relação calendarizada, associando a redução do peso das despesas públicas e a consolidação orçamental à carga fiscal», concluiu.