O Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom (STPT) tem muitas dúvidas quanto aos efeitos do protocolo assinado esta quarta-feira entre o Governo e os operadores de telecomunicações com vista ao investimento em Redes de Nova Geração (RNG).
Numa nota à imprensa, o sindicato diz mesmo que o memorando de entendimento «não vai servir os interesses dos cidadãos, dos trabalhadores do sector nem será gerador de mais emprego».
As reclamações surgem embora o STPT considere como positivo o interesse do Governo em criar condições de incentivo para os operadores investirem em fibra óptica.
«No entanto e conhecidos os contornos do protocolo assinado com a PT, Oni, Sonaecom e Zon, os interesses dos operadores mostram dificuldades em casar os aspectos benéficos de curto prazo da competição e concorrência, com a imperatividade do investimento de longo prazo», avança o sindicato.
Insatisfeitos com a indefinição por parte quer do Governo, quer da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), os trabalhadores da PT vão solicitar encontros com ambos. Tudo porque temem que o investimento em torno das RNG «vá servir os interesses financeiros imediatos dos operadores, dos grandes accionistas e não dos interesses das populações».
Recorde-se que esta quarta-feira, e na cerimónia pública de assinatura do protocolo, o presidente executivo da PT considerou a iniciativa «histórica».
PT: investimento em fibra é certo
No entender de Zeinal Bava, as RNG aumentam a competitividade e vão ajudar a criar a «auto-estrada electrónica onde se pode andar à velocidade da imaginação».
«Na PT queremos investir em fibra e vamos investir em fibra», sublinhou no mesmo encontro.
As acções da PT prosseguem a cair 2,05% para 6,42 euros.
Trabalhadores da PT põem em causa protocolo para novas redes
- Redação
- RPV
- 8 jan 2009, 15:19
Sindicato diz que medidas não servem interesses dos cidadãos
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