O ministro das Finanças afirmou esta segunda-feira que, se as propostas do PSD de alteração ao Orçamento fossem aprovadas, resultariam num agravamento do défice em 1.400 milhões de euros, atirando Portugal um défice excessivo de 3 por cento.
Segundo a agência «Lusa», esta estimativa de Teixeira dos Santos foi feita na abertura das Jornadas Parlamentares do PS, que terminam terça-feira em Aveiro.
Depois de se referir às intenções do PSD de alterar o regime do IVA, de baixar em um por cento a taxa social única e alargar o pagamento do subsídio de desemprego, o ministro das Finanças disse ter feito as contas a estas propostas.
«Essas propostas, se fossem aprovadas, agravariam o défice em 1400 milhões de euros. Em vez de 2,2%, o défice em 2009 seria de três por cento, atirando novamente Portugal para uma situação de défice excessivo», sustentou Teixeira dos Santos.
Para baixar artificialmente esse défice de 3%, o ministro admitiu que a ex-ministra das Finanças e presidente do PSD, pudesse recorrer ao «métodos que utilizou entre 2002 e 2004».
«Quer que o Governo transfira fundos de pensões ou quer repetir uma titularização de créditos», interrogou-se Teixeira dos Santos.
Na sua intervenção, o ministro de Estado e das Finanças respondeu também às críticas da oposição de esquerda contra a garantia de 20 mil milhões de euros concedida pelo Estado a bancos que possam enfrentar dificuldades na actual conjuntura de crise financeira internacional.
«Só por cegueira ideológica se pode vez nesta iniciativa uma ajuda aos banqueiros. (Bloco de Esquerda e PCP) têm que explicar a razão porque entendem que a medida do Governo não é importante para garantir os depósitos dos portugueses», referiu.
![OE2009: Ministro diz que propostas do PSD criam défice excessivo - TVI OE2009: Ministro diz que propostas do PSD criam défice excessivo - TVI](https://img.iol.pt/image/id/12507736/400.jpg)
OE2009: Ministro diz que propostas do PSD criam défice excessivo
- Redação
- RPV
- 20 out 2008, 18:27
![Ministro das Finanças](https://img.iol.pt/image/id/12507736/1024.jpg)
Teixeira dos Santos refere que medidas gerariam 1.400 milhões adicionais
Relacionados
Continue a ler esta notícia