RTP: Conselho de opinião quer menos custos para evitar despedimentos - TVI

RTP: Conselho de opinião quer menos custos para evitar despedimentos

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Paira medo de espiral de dívidas que conduziram a plano de reestruturação em 2003

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O conselho de opinião da RTP defende ser necessário reduzir os custos com a grelha de programas da estação e o fornecimento de serviços em 2009 para evitar um aumento do endividamento ou o recurso a despedimentos.

No seu parecer ao plano de actividades e orçamento para 2009 apresentado pela administração da RTP, e de acordo com a agência Lusa, os representantes da sociedade civil referem recear «o regresso da espiral de endividamento que impôs o plano de reestruturação de 2003» e propõe uma renegociação desse acordo.

É «necessária uma maior contenção dos custos operacionais, nomeadamente de grelha e de fornecimentos e serviços externos», considera no documento a que a agência Lusa teve acesso, adiantando ser preciso uma «melhor utilização dos recursos humanos da empresa, por forma a que os resultados operacionais não só alinhem pelo projectado no Acordo de Reestruturação Financeira como compensem os encargos financeiros decorrentes da aquisição da sede».

No plano de actividades e orçamento para 2009, a administração da RTP prevê obter resultados operacionais de 4,1 milhões de euros, ou seja, menos 1,9 milhões do que em 2008.

«Isto significa que a actividade da empresa em 2009 liberta menos meios que em 2008 para suportar outros custos não operacionais, em particular os custos do endividamento», alerta o conselho de opinião no parecer.

Apesar de ser estimado um crescimento de 2,2 por cento (mais 6,3 milhões de euros) dos proveitos operacionais, devido sobretudo ao acréscimo de fundos públicos (1,8 milhões de euros de indemnização compensatória e 3,4 milhões de contribuição audiovisual), os custos operacionais também deverão aumentar.

A subida dos gastos deverá rondar os 2,9% (8,3 milhões de euros) devido a uma diminuição dos fornecimentos e serviços externos (menos 1,3 milhões de euros e das provisões (menos 0,8 milhões de euros) e a um aumento dos custos com programação (mais 6,7 milhões de euros), com as amortizações (mais 0,8 milhões) e com o pessoal (mais 2,8 milhões de euros).
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