Deco: poupar 1 euro por dia é solução para reforma

Os portugueses são os que menos poupam para a reforma. Apenas um em cada três trabalhadores o faz, revela a última edição da «Dinheiro e Direitos», da Deco Proteste.

As dificuldades financeiras são o principal entrave. Segundo a associação de defesa do consumidor, «dos que poupam, 1 em cada 4 coloca de parte menos de 50 euros por mês para a reforma, sendo os planos de poupança-reforma o produto mais procurado».

«Não é preciso um montante elevado para iniciar um complemento de reforma. Basta pôr de lado 1 euro por dia para obter uma soma interessante», diz a associação de consumidores, acrescentando que mesmo com uma rentabilidade de 3%, se se começar a poupar aos 40 anos e investir num produto sem risco, «terá mais de 13 mil euros aos 65 anos».

E ainda se ganha o benefício fiscal

Como é difícil poupar, a sua vantagem fiscal ainda é um importante incentivo. Um subscritor que tenha entre 40 e 50 anos, deve investir, no máximo, 1.750 euros, para obter a dedução máxima, 350 euros.

Num dossier dedicado à reforma, a Deco analisou ainda 81 planos de poupança-reforma sob a forma de fundo e seguro. «As comissões de subscrição desceram, mas continuam elevadas», refere.

Os seguros cobram, em média, 1,5% pela subscrição e os fundos 1,3%. «É também na transferência que as comissões atingem valores excessivos: 5% em vários casos», alerta a associação.

A Deco diz ainda que é «imprescindível pôr fim a estes custos e tornar a rentabilidade destes produtos, sobretudo dos seguros, mais transparente».

A pensar nestas dificuldades, a Deco negociou um protocolo com a Sociedade Gestora de Fundos de Pensões (SGF). Os seus associados podem agora subscrever quatro planos de poupança-reforma sem custos de gestão e transferência, e «beneficiar de bonificações e prémio anual».