Bruxelas: economia grega afunda, desemprego sobe - TVI

Bruxelas: economia grega afunda, desemprego sobe

Grécia

Atenas será a única economia do euro a entrar em deflação

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A economia grega terá uma recessão mais acentuada do que o previsto este ano, será a única da Zona Euro a entrar em deflação e o desemprego continuará a aumentar, segundo as previsões da Comissão Europeia.

As previsões de primavera divulgadas esta sexta-feira, em Bruxelas, antecipam também que o PIB recuará 4,7 por cento este ano - mais do que os 4,3 por cento previstos no último boletim intercalar - mas, ainda assim, abaixo do recuo de 6,9 por cento do ano passado.

As contas públicas continuarão complicadas, com o défice a atingir 7,3 por cento do PIB (foi de 9,1 por cento no ano passado), voltando a aumentar para 8,4 em 2013.

A dívida pública deverá cair este ano, dos 165,3 por cento do PIB de 2011 para 160,6 por cento, mas voltará a subir para 168 por cento em 2013.

A Lusa adianta que a Comissão prevê uma situação de deflação com o índice que mede a evolução dos preços a recuar 0,5 por cento este ano e 0,3 por cento em 2013.

Em termos de evolução da conta corrente, Bruxelas prevê que saldo da balança de transações correntes passe a ser de -7,8 por cento do PIB em 2012, melhor do que os -11,3 por cento do ano passado.

O desemprego subirá dois pontos para 19,7 por cento este ano, com o emprego a contrair 4,8 por cento depois da contração de 6,7 por cento já verificada no ano passado.

Para 2013, Bruxelas prevê, ainda assim uma melhoria na taxa de desemprego que se deverá fixar em 19,6 por cento.

A Comissão recorda que a contração no final de 2011 foi maior do que o esperado, situação que se reflete no comportamento no início de 2012, ano em que se espera uma queda no consumo interno, devido ao desemprego, e um menor dinamismo nas exportações.

O sentimento empresarial e das famílias ajudarão a que a recuperação só se comece a notar a partir de 2013, já que o emprego foi «severamente afetado» num ambiente de contração económica.

O défice da conta corrente continua «num nível insustentável», situação que deverá melhorar com as condições de crédito para o financiar.

Depois de anos sucessivos de rápido crescimento salarial a Comissão antecipa que a competitividade da economia grega melhore mas as reformas laborais deverão também fazer sentir-se com um aumento do desemprego a curto prazo.
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