Sócrates consuma ruptura com Manuel Alegre - TVI

Sócrates consuma ruptura com Manuel Alegre

José Sócrates

Se a candidatura de Manuel Alegre quiser ter representantes na comissão política nacional do PS, então que apresente a sua lista e vá a votos. Esta é, para já, a tese dominante entre os «socráticos».

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Segundo o Público, que cita um dos mais próximos colaboradores do novo secretário-geral do PS, a eleição da Comissão Política Nacional (CPN), terá lugar no próximo sábado, na primeira reunião da comissão nacional eleita no congresso do passado fim de semana, em Guimarães. Para a comissão nacional, a lista de Sócrates elegeu 205 representantes e a de Alegre 46.

A tradição é que o secretário-geral eleito faça uma única lista para a CPN que inclua, proporcionalmente, representantes dos vencidos. Isso aconteceu em congressos muito disputados, como o de 1992, onde António Guterres derrotou Jorge Sampaio.

Agora, ao que tudo indica, José Sócrates parece disposto a romper com esse procedimento. Segundo o colaborador do novo líder ouvido pelo Público, Manuel Alegre não deu «sinais suficientes» de estar disposto a ser colaborante com o novo líder do PS. Recorda-se, por exemplo, que Alegre fez questão de lembrar no congresso os seis mil votos que obteve na eleição para secretário-geral.

Já ontem, o fosso entre as duas candidaturas acentuou-se depois de ser conhecido um telex da Lusa em que Osvaldo de Castro, director da campanha de Manuel Alegre, «exigia» que a lista única a apresentar pelo líder socialista incluísse pelo menos onze «alegristas». «Estou convencido que o secretário-geral do PS nos fará uma proposta para que se forme uma lista única para a comissão política do PS, tendo em conta a representatividade dos apoiantes de Manuel Alegre na comissão nacional do partido», declarou Osvaldo Castro, que acrescentou que «o mínimo exigível é que se indiquem agora 11 elementos para a comissão política». Na opinião de um outro destacado apoiante de Sócrates, as palavras de Osvaldo de Castro acentuam o fosso porque Alegre «não pode exigir coisa nenhuma, quanto muito propõe».
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