Lucros da Portugal Telecom crescem 27% para os 670 milhões

Os lucros da Portugal Telecom cresceram 27,2 por cento nos primeiros nove meses do ano.

O resultado líquido da PT foi de 670 milhões de euros, valor que contrasta com os 527 milhões de euros do período homólogo.

Excluindo os vários impactos extraordinários, nomeadamente no que diz respeito ao acréscimo de custos com o programa de redução de efectivos, o resultado líquido teria aumentado 34,3%.

De acordo com o comunicado da empresa, as receitas operacionais consolidadas totalizaram 4.531 milhões de euros, mais 5,7% face aos primeiros nove meses do ano passado. Para este resultado contribuíram os crescimentos da Vivo, TMN e outros negócios, avança a empresa de telecomunicações.

O EBITDA aumentou 11,8% face ao período homólogo para os 1.726 milhões de euros, equivalente a uma margem de 38,1% e o resultado operacional registou um acréscimo de 29,1% para 910 milhões de euros.

O «free cash flow» operacional da PT foi, nos três primeiros trimestres deste ano de 1.025 milhões de euros, 7,4% menor do que em relação ao período homólogo. Esta redução é explicada pela empresa com o acréscimo do investimento em fundo de maneio, «principalmente em resultado do aumento de actividade comercial na TMN e na Vivo, do acréscimo dos custos de gestão e da consolidação da MTC desde Setembro de 2006».

O «free cash flow» aumentou para os 915 milhões de euros, face aos 450 milhões assinalados em 2006.

A 30 de Setembro, a Portugal Telecom tinha uma dívida líquida de 4,332 milhões de euros, enquanto as responsabilidades não financiadas líquidas de impostos relativas a benefícios de reforma se situaram em 917 milhõesa de euros.

Vivo e TMN crescem, rede fixa cai

Assim, as receitas operacionais da brasileira Vivo escalaram 13,8% nos primeiros nove meses deste ano, «em resultado do crescimento da base de clientes e do ARPU, bem como do impacto da alteração do sistema de interligação», informa a PT. O valor total foi de 1.786 milhões de euros.

Já a TMN registou um crescimento das receitas operacionais de 1,3% para os 1.130 milhões de euros. Segundo a PT, este resultado deveu-se «à continuação do número de clientes, em particular nos segmentos pós-pago e de banda larga móvel». Excluindo o impacto negativo da redução das tarifas de terminação móvel, as receitas operacionais teriam aumentado 2,6%.

Já as receitas operacionais da rede fixa diminuíram 5,7% para os 1.477 milhões de euros, «em resultado do impacto da continuação de perda de linhas e da pressão sobre os preços nas receitas de retalho, apesar do aumento das receitas de wholesale e de dados e soluções empresariais», refere ainda a PT.

Por outro lado, as receitas dos outros negóciose eliminações aumentaram para 137 milhões de euros.

Na bolsa, as acções da PT encontram-se a derrapar 0,11 por cento para os 9,48 euros.