Trabalhadores da Renault Cacia em greve para exigir aumentos - TVI

Trabalhadores da Renault Cacia em greve para exigir aumentos

Ensaio ao Renaut Laguna 1.5 dCi 110cv

Sindicato fala em adesão de 60%, empresa só fala em 20%

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Os trabalhadores da Renault - CACIA, em Aveiro, começaram esta quinta-feira com uma greve de 30 minutos a meio de cada horário de trabalho, para reclamar um aumento salarial.

«No primeiro turno de trabalho registámos uma adesão à greve para cima de 60%», disse Manuel Chaves da Comissão Sindical da Renault - Cacia, acrescentando que haverá nova paralisação à tarde, por volta das 15h30.

Já a empresa diz que só 20% dos 584 trabalhadores da equipa da manhã aderiram à greve de 30 minutos a meio de cada turno iniciada esta manhã.

Manuel Chaves justificou esta paralisação com a recusa da administração da empresa em negociar o Caderno Reivindicativo, onde os trabalhadores exigem um aumento salarial de quatro por cento, escreve a Lusa.

«No fundo os trabalhadores não estão a pedir um aumento. Estão a pedir para repor aquilo que a empresa não deu no ano passado, visto que os trabalhadores não foram aumentados e viram reduzido o seu prémio trimestral», adiantou a mesma fonte.

O responsável referiu ainda que a empresa «está a trabalhar a mais de 100% porque admitiu já 70 trabalhadores contratados», concluindo que há condições para começarem a negociar.

Segundo o director de recursos humanos da Renault - CACIA, Francisco Serrador, a empresa está disposta a dar um aumento salarial de 1%, mais 0,5% para as evoluções profissionais.

Francisco Serrador adiantou que a empresa «reconhece os esforços que os trabalhadores fizeram», acrescentando que «provavelmente o aumento não está ao nível da ambição que se podia pretender para recompensar esses esforços, mas está limitada pelas disponibilidades que tem neste momento».

Além das paralisações diárias e da greve ao trabalho suplementar em dias de semana, dias de descanso semanal e feriados, que vão decorrer até ao final deste mês, os trabalhadores decidiram suspender de imediato os efeitos da bolsa de horas.
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