A Quercus exigiu esta sexta-feira que o Ministério Público investigue o «escândalo» da autorização dada pela Autoridade Florestal Nacional (AFN) para o abate de centenas de sobreiros no Vale da Rosa, na passada quarta-feira, noticia a Lusa.
A associação ambientalista considera que há motivos para investigar a actuação dos responsáveis da AFN que permitiram o abate de 800 a 900 sobreiros, alguns deles centenários, uma vez que tinham sido previamente alertados de que estava iminente uma decisão judicial que poderia determinar a suspensão do abate, como de resto viria a acontecer.
«No dia 9 de Fevereiro, segunda-feira, foi requerido com urgência à AFN a cópia do pedido de certidão da autorização de abate de sobreiros efectuado pelo presidente da AFN, o qual até hoje ainda não foi remetido à Quercus», refere, em comunicado, a associação ambientalista.
«Apesar de termos alertado a AFN de que tinha entrado uma providência cautelar para impedir o abate dos sobreiros, a mesma decidiu não suspender o abate que decorreu durante toda a manhã do dia 11 de Fevereiro, até o Ministério da Agricultura ter sido notificado da Decisão do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa ao final da manhã», acrescenta o documento.
A Quercus lamenta ainda que a suspensão dos trabalhos só tivesse sido determinada ao princípio da tarde de quarta-feira, 11 de Fevereiro - depois da decisão judicial de suspender provisoriamente o abate de sobreiros -, quando grande parte das 1.331 árvores já tinham sido abatidas.
Quercus quer que MP investigue abate de sobreiros
- Redação
- - LM
- 13 fev 2009, 17:41
Autoridade Florestal Nacional deu luz verde, mesmo tendo sido alertada para uma eventual decisão de suspensão do abate
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