Covid-19: Hotéis do Norte oferecem mais de 150 quartos para médicos e enfermeiros - TVI

Covid-19: Hotéis do Norte oferecem mais de 150 quartos para médicos e enfermeiros

  • AM
  • 18 mar 2020, 17:59
Hotel

Profissionais de saúde têm assim alojamento durante o período crítico de combate à pandemia

O Norte de Portugal tem disponíveis mais de 150 quartos em vários hotéis para alojar os profissionais de saúde que estão a combater a pandemia da Covid-19, avançaram à Lusa fontes oficiais.

“Estivemos a fazer um apanhado em toda a região, quer de associados da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) quer de outros que não são associados, e verificámos que a região e os empresários deste setor disponibilizaram já umas largas centenas de camas para os profissionais de saúde” ficarem alojados no período crítico de combate à pandemia, disse a fonte.

Em declarações à Lusa, Júlio Guiomar, diretor do ABC Hotel Porto, localizado junto à Casa da Música do Porto, disse que tem 12 quartos disponíveis no piso zero e no piso 1 da unidade hoteleira e que já tem confirmada a estadia de “oito enfermeiros e médicos que ali vão ficar alojados”.

Ainda no Porto, o Hotel Ribeira do Porto, indicou que “apesar de ter algumas reservas”, tem disponibilidade de 18 quartos para os profissionais de saúde.

O Hotel do Lago do Bom Jesus do Monte, em Braga, um “três estrelas”, vai disponibilizar todos os quartos da unidade hoteleira (52) para receber profissionais de saúde, confirmou à Lusa um funcionário da estrutura.

Em Melgaço, no distrito de Viana do Castelo, o Hotel Castrum Villae disponibilizou camas para “64 a 70 pessoas”.

Em Arcos de Valdevez (Viana do Castelo), o Hotel Ribeira Collection mostrou disponibilidade para receber “40 pessoas”.

Em Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro, mas que pertence à Área Metropolitana do Porto, há quatro unidades hoteleiras – Hotel dos Loios, Hotel Feira Pedra Bela e Ibis e Nova Cruz Hotel -, que disponibilizaram as suas instalações para “receber o corpo clínico do Hospital São Sebastião”.

Em Santo Tirso, distrito do Porto, o Hotel Carvalhais indicou que tem camas para 30 pessoas.

Em Vila Nova de Cerveira, o Inatel indicou que se a “Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social” o “desejar” também estão disponíveis.

Em Vila Nova de Gaia, Porto, o Hotel Solverde também disse que estaria disponível para receber profissionais de saúde caso fosse necessário.

O Penafiel Park Hotel & Spa, em Penafiel, colocou também as suas instalações à disposição dos profissionais de saúde do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa e dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES).

A TPNP, através do seu presidente, acrescentou à Lusa que a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte) vai receber os contactos e a listagem dos hotéis disponíveis, para que depois “possam fazer a ligação em direto com os médicos, conforme as necessidades”.

Luís Pedro Martins adiantou ainda que o operador turístico Tomaz do Douro, que opera com cruzeiros no rio Douro, também disponibilizou um edifício que estava fechado junto ao Hospital de Santo António, no Porto, para “qualquer outra solução que eles necessitem”.

O presidente da TPNP revelou na sexta-feira passada que a região registava 50% de reservas canceladas por causa da Covid-19.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou esta quarta-feira o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou hoje que o Governo apoia a decisão do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de decretar o estado de emergência.

O Presidente da República convocou uma reunião do Conselho de Estado para hoje, para discutir a eventual decisão de decretar o estado de emergência.

Dos casos confirmados em Portugal, 553 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 200 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.200 morreram.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Continue a ler esta notícia