Espanha e Portugal: semelhanças e diferenças - TVI

Espanha e Portugal: semelhanças e diferenças

  • Portugal Diário
  • 20 dez 2007, 17:09

Esperança de vida, rendimentos, nível de ensino. Compare os dois países

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Os bebés nascidos em Espanha em 2005 tinham uma maior esperança de vida à nascença do que os nascidos em Portugal, segundo dados dos Institutos Nacionais de Estatística dos dois páises hoje divulgados.

Pelo quarto ano consecutivo, os dois institutos apresentam a publicação «A Península Ibérica em números 2007», com os principais indicadores de caracterização dos dois países ibéricos, inserindo-os no espaço mais vasto da União Europeia a que ambos os países pertencem.

Em Portugal a esperança de vida nos homens situa-se nos 74,9 anos enquanto nos espanhóis atinge os 77 anos.

Por outro lado, as mulheres espanholas tinham a esperança de vida mais alta da União Europeia, atingindo os 83,7 anos, enquanto as portuguesas ficam pelos 81,3 anos.

Segundo os dados, em 2006, a Península Ibérica tinha 54.357.345 habitantes, numa proporção aproximada de quatro espanhóis para um português.

De acordo com os dados, o sul de Espanha regista a taxa de natalidade mais elevada e em Portugal nascem mais crianças fora do casamento.

A idade média das mães também é diferente nos dois países: as portuguesas têm, em média, entre 27 e 28 anos quando são mães pela primeira vez enquanto as espanholas optam pela maternidade entre os 29 e os 30 anos.

Por outro lado, os bebés nascidos em Espanha, em 2005, tinham uma maior esperança de vida à nascença.

Todo o norte de Espanha apresentou, em 2004, um rendimento disponível bruto das famílias per capita mais acentuado do que o resto da Península Ibérica, o mesmo sucedeu com o PIB per capita.

Em 2006, o PIB per capita espanhol era próximo do da média da União Europeia a 27, estando o de Portugal ligeiramente em desvantagem.

Os portugueses têm uma percepção do seu estado de saúde mais negativa do que os espanhóis segundo dados dos Institutos Nacionais de Estatística dos dois países hoje divulgados. Um em cada quatro portugueses (25 por cento) considerava "mau" o seu estado de saúde, enquanto apenas sete por cento dos espanhóis tinha essa percepção em relação à sua própria saúde.



Em 2005, as principais causas de morte em Portugal foram as doenças cérebro-vasculares e as doenças isquémicas do coração, enquanto em Espanha, embora as causas sejam as mesmas, a ordem é inversa.

Portugal tem maior percentagem de mulheres no ensino superior do que Espanha e, no conjunto da União Europeia, está na quinta posição, segundo dados estatísticos hoje divulgados.

Pelo quarto ano consecutivo, os Institutos Nacionais de Estatística de Espanha e Portugal apresentam a publicação "A Península Ibérica em números 2007", com os principais indicadores de caracterização dos dois países ibéricos, inserindo-os no espaço mais vasto da União Europeia a que ambos pertencem.

Segundo os dados, os portugueses licenciam-se sobretudo em cursos das áreas da Saúde e Serviços Sociais e das Ciências da Educação enquanto os espanhóis preferem licenciar-se em cursos das áreas de Gestão e Engenharia, Indústria e Construção.

Por outro lado, a estatística indica ainda que há mais jovens entre os 18 e os 24 anos a abandonarem os estudos em Portugal do que em Espanha, mas em ambos os valores para o abandono escolar são muito elevados quando comparados com a média dos 27 países da União Europeia.

Relativamente ao emprego, os dados indicam que em 2006 a percentagem de população com emprego em part-time era semelhante em Portugal e Espanha, mas distante dos valores dos países do norte da Europa.

Portugal e Espanha tinham, respectivamente, 11,3 e 12 por cento da população empregada em regime part-time, enquanto países como a Holanda e a Dinamarca registam, respectivamente, 46,2 e 25,8 por cento.

Os dados revelam ainda que em 2006 havia mais espanholas desempregadas do que portuguesas. Em oposição, havia mais homens desempregados em Portugal do que em Espanha.

Em Portugal, a vida activa dura até mais tarde. Os portugueses reformam-se em média aos 63,1 anos enquanto os espanhóis o fazem aos 62,4 anos.
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