Ucrânia: Conselho NATO-Rússia marcado para quarta-feira - TVI

Ucrânia: Conselho NATO-Rússia marcado para quarta-feira

Anders Fogh Rasmussen, secretário-geral da NATO (Zsolt Szigetvary/EPA)

A tensão entre a Ucrânia e a Rússia agravou-se na última semana

Um Conselho NATO-Rússia vai realizar-se na quarta-feira na sede da Aliança Atlântica em Bruxelas para discutir a crise na Ucrânia, informou hoje a NATO.

O embaixador da Rússia na NATO, Alexandre Grushko, aceitou hoje o princípio desta reunião excecional, iniciativa de vários países membros da Aliança, disse Oana Lungescu, porta-voz da NATO.

A reunião vai decorrer um dia depois da segunda reunião de emergência em três dias, dos embaixadores dos 28 países membros da Aliança Atlântica, para debater a situação na Ucrânia e a ação da Russa na península ucraniana da Crimeia.

A tensão entre a Ucrânia e a Rússia agravou-se na última semana, após a queda do presidente ucraniano Viktor Ianukovich, e Moscovo enviou nas últimas horas tropas para a república autónoma da Crimeia, com uma maioria de cidadãos russos e base da frota russa do Mar Negro.

A decisão foi tomada em nome da proteção dos cidadãos e soldados russos, depois de o Governo autónomo ter rejeitado o novo executivo da Ucrânia, formado pelos três principais partidos da oposição ao presidente Ianukovich, atualmente no exílio.

A segunda reunião de emergência da NATO foi marcada a pedido da Polónia, que invocou o artigo 4º do Tratado da Aliança Atlântica, por se considerar ameaçada pela possível intervenção armada da Rússia.

Nos termos daquele artigo «qualquer aliado pode solicitar consultas sempre que, na opinião de qualquer um deles, a sua integridade territorial, a independência política ou a segurança é ameaçada», indicou a Aliança Atlântica.

Ação da Rússia é ameaça a segurança

O secretário-geral da NATO criticou hoje a Rússia por «continuar a violar a soberania da Ucrânia» e disse que os aliados estão unidos contra esta ameaça à segurança da área euro-atlântica e vão continuar o processo de consultas.

«Estamos empenhados em intensificar o nosso processo rigoroso de análise desta ameaça para a segurança da Aliança e continuaremos em coordenação próxima estas consultas», afirmou o dinamarquês em Bruxelas.
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