Professora do Carolina volta às aulas - TVI

Professora do Carolina volta às aulas

  • Portugal Diário
  • 26 mar 2008, 14:49

A aluna enfrenta agora um processo no Tribunal de Menores de Matosinhos

Relacionados
[Actualizada às 16:51]

A professora da Secundária Carolina Michaelis, Porto, alegadamente vítima de violência por parte de uma aluna quando lhe retirou um telemóvel, regressa às aulas segunda-feira, disse à Lusa fonte da instituição.

«A professora vai trabalhar normalmente, não fazem qualquer sentido as notícias que dão conta de uma eventual paragem da actividade docente», disse a mesma fonte. Acrescentou que esta situação de indisciplina não é inédita, uma vez que são conhecidos outros casos, envolvendo alunos da mesma turma e outros professores da escola.

A professora de Francês envolvida neste episódio encontra-se no topo da carreira e regressou este ano à escola, depois de anos requisitada, disse fonte do estabelecimento. A mesma fonte, ligada à Escola Secundária Carolina Michaelis, disse à Lusa que a cena terá ocorrido no último dia de aulas, antes das férias da Páscoa.

A professora regressou este ano aquela escola, após ter estado durante vários anos na situação de requisitada, exercendo funções como coordenadora do Parlamento Europeu dos Jovens.

Segundo a edição desta quarta-feira do Jornal de Notícias a aluna vai ser alvo de um processo na comarca de Matosinhos, que terá de ficar concluído no prazo de três meses.

O Tribunal de Família e Menores do Porto remeteu o caso para a comarca de Matosinhos, referiu fonte do Ministério Público (MP).

O procurador Manuel Santa, do Tribunal de Família e Menores do Porto, afirmou que o caso vai decorrer no Tribunal de Família de Matosinhos porque a aluna pertence àquela comarca.

«O inquérito tutelar e educativo deverá ser aberto rapidamente pela colega de Matosinhos», disse.

Segundo referiu, este inquérito servirá para apurar se eventualmente a aluna em causa praticou actos ilícitos que poderão ser punidos pelo crime de ofensa à integridade física da docente.

«No decurso do inquérito irá apurar-se se há ou não matéria para provar que a aluna praticou este crime. Se o Ministério Público entender que a aluna praticou esses crimes e precisa de ser educada para o direito procede-se à abertura da fase jurisdicional», acrescentou o responsável.

CLC
Continue a ler esta notícia

Relacionados