Artrite reumatóide: 40% gasta mais de 100 euros por mês - TVI

Artrite reumatóide: 40% gasta mais de 100 euros por mês

Artrite reumatóide

Mais de 40 mil portugueses sofrem desta doença

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Mais de 40 por cento dos doentes com artrite reumatóide (AR) gastam entre 100 a 150 euros por mês em medicamentos. A conclusão é de um estudo realizado pela Associação Nacional de Doentes com Artrite Reumatóide (ANDAR), divulgado por ocasião do dia nacional da doença, que se assinala terça-feira.

O inquérito ao Impacto Socioeconómico e Laboral da Artrite Reumatóide concluiu que 41,9 por cento dos doentes com AR gastam mensalmente entre 100 Euros a 150 Euros por mês com a doença. Nestes números não estão ainda incluídos gastos com consultas, tratamentos e cirurgias.

Mais de metade dos inquiridos (51 por cento) encontra-se reformado, sendo a média de abandono da actividade profissional de oito anos após a detecção da doença. Quase metade destes reformados (47,7 por cento) tem uma pensão ou reforma com valores entre os 200 e os 500 euros.

A presidente da ANDAR, Arsisete Saraiva, disse numa nota citada pela Lusa que os custos do tratamento da AR são elevados para o país. E alerta que o adiamento de tratamentos eficazes «resulta numa maior despesa para o Estado».

«Estes doentes consomem mais medicação, são mais vezes internados, têm mais períodos de incapacidade para o trabalho e para as actividades da vida diária, necessitam de maior assistência familiar, aumentando o número de reformas antecipadas e gerando mais custos para a sociedade», salientou.

Arsisete Saraiva denuncia ainda que «nem todos os Hospitais estão a cumprir a cem por cento» a dispensa gratuita de medicamentos nos serviços farmacêuticos dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, como indica a lei.

A artrite reumatóide é uma doença potencialmente incapacitante, que atinge principalmente as articulações, provoca dor intensa e impossibilita a realização de alguns movimentos.

Mais de 40 mil portugueses são afectados por esta doença, que tem maior prevalência nas mulheres do que nos homens e é de causa ainda desconhecida.

O inquérito foi realizado junto de 1.100 doentes de vários pontos do país. 84 por cento dos inquiridos são mulheres e 16 por cento homens, com uma média de idades de 55 anos.
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