Apito: MP investiga parcialidade de investigadores - TVI

Apito: MP investiga parcialidade de investigadores

  • Portugal Diário
  • 5 mar 2008, 15:22

Advogado diz que julgamento está a confirmar falta de isenção na investigação

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O Ministério Público (MP) pediu uma averiguação judicial à alegada parcialidade dos investigadores do processo Apito Dourado de Gondomar, na sequência de queixas da defesa do arguido Castro Neves.

O advogado Pedro Alhinho deu origem ao pedido quando afirmou esta quarta-feira que a prova já produzida em julgamento está a confirmar uma alegada falta de isenção na investigação do processo.

Na sua avaliação, houve apenas a preocupação em levar ao processo provas que sustentassem a tese de um alegado estratagema para favorecer o Gondomar SC, sendo ignoradas outras de sentido contrário.

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Já na sessão do dia 19 as defesas tinham questionado os métodos de investigação da Polícia Judiciária, que não juntou aos autos uma conversa telefónica interceptada entre Pinto de Sousa e Sequeira Nunes, ao tempo dirigente do Belenenses.

Nessa conversa, Pinto de Sousa manifestava intenção de não se recandidatar ao cargo, contrariando a tese do MP segundo a qual o ex-presidente da Comissão de Arbitragem teria como segunda contrapartida das nomeações de árbitros a pedido os votos para ser reeleito para o órgão.

Para possibilitar a abertura de um inquérito sobre uma alegada denegação da justiça insinuada pelo advogado de Castro Neves, o procurador Gonçalo Silva requereu que fosse extraída certidão da acta da audiência de hoje.

Em resposta, o advogado Pedro Alhinho anunciou desde logo que se constituiria assistente nesse processo.

O julgamento do processo Apito Dourado prossegue na tarde de hoje com as atenções centradas no testemunho do presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madail.

Neste processo, 24 arguidos, incluindo Valentim Loureiro, são acusados de terem montado um esquema para induzir os árbitros a beneficiar o Gondomar SC, na época 2003/2004.

O processo «Apito Dourado», que incluiu investigações a alegados casos de corrupção e tráfico de influências no futebol profissional português, foi desencadeado a 20 de Abril de 2004 com a detenção para interrogatório de vários dirigentes e árbitros de futebol.
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