Freeport: Smith e Manuel Pedro requerem abertura de instrução - TVI

Freeport: Smith e Manuel Pedro requerem abertura de instrução

Freeport

Arguidos alegam que o Ministério Público «não fundamentou o ilícito»

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Charles Smith e Manuel Pedro, acusados de tentativa de extorsão no caso Freeport, vão requerer a abertura de instrução do processo.

Os empresários, que foram constituídos arguidos, alegam que o Ministério Público «não fundamentou o ilícito», disse esta quarta-feira à Lusa a advogada dos empresários.

A abertura da instrução visa a comprovação por um juiz de instrução criminal da decisão do Ministério Público de acusar, competindo ao magistrado judicial levar ou não a causa a julgamento.

Quando requerer a instrução do processo, Paula Lourenço tenciona contestar «inúmeras razões de carácter jurídico, a forma como os elementos foram recolhidos para o processo, a valoração que se deu à aquisição da própria prova e outros aspectos de carácter substantivo, que têm a ver com factos».

A advogada revelou que os empresários foram acusados de tentativa de extorsão ao «dono da obra», o Freeport, o que foi uma «surpresa total».

De acordo com Paula Lourenço, a «acusação na maneira como é formulada é, toda ela, uma incoerência». A advogada diz que «todo o processo girou à volta dos crimes de corrupção, branqueamento de capitais e tráfico de influências».

Paula Lourenço recordou que o processo Freeport «demorou muito tempo, à espera das cartas rogatórias, porque supostamente parte do crime seria cometido em Inglaterra», mas, «afinal, segundo o Ministério Público, tudo se passava aqui em Portugal, entre os consultores do Freeport relativamente ao dono da obra».

«Andámos todos à espera seis anos para nada», criticou.
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