Mau tempo fecha escolas - TVI

Mau tempo fecha escolas

Inundações em Faro - Foto de Luís Forra para Lusa

Chuva torrencial levou a que pelo menos quatro escolas de Setúbal não pudessem reabrir para o recomeço das aulas. Salas inundadas, muros destruídos e tectos a voar foram o cenário vivido. Em todo o País várias estradas foram cortadas e mais de 100 árvores derrubadas pelo vento Bombeiros sem descanso

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Actualizada às 15h20

Quatro escolas da região de Setúbal foram impedidas de abrir portas devido às fortes chuvadas que caíram esta madrugada. Os estabelecimentos de ensino ficaram com salas inundadas, muros e vedações destruídos e um ginásio perdeu o telhado. Também em Setúbal, o mau tempo inundou cerca de 50 habitações. As fortes chuvas trouxeram consequências um pouco por todo o país, nomeadamente, devido à queda de árvores.

Na escola EB 2/3 da Bela Vista, em Setúbal, o telhado do ginásio abateu, deixando no interior várias telhas, água e lama. As instalações desta escola seriam provisórias, no entanto, já estão em funcionamento há 27 anos, adiantou aos jornalistas um dos professores da instituição.

As obras no local também já estariam previstas, mas, até ao momento, não foram realizadas. Depois do temporal, a Direcção-Geral de Educação esteve no local com o objectivo de avaliar os danos e determinar quando as aulas vão recomeçar.

Outras três escolas da região, nomeadamente, a EB 1 das Manteigadas e a Escola Secundária D. Manuel Martins, foram também afectadas e hoje não houve aulas. «Nas escolas várias estruturas foram afectadas pela queda de árvores. Os estragos devem-se mais ao vento do que à chuva», explicou ao PortugalDiário o comandante dos Bombeiros Sapadores de Setúbal, Mário Macedo.

Também em Setúbal as fortes chuvas e o vento atingiram quatro viaturas, sinais de trânsito, placards publicitários e cerca de 50 habitações, que perderam os telhados, estores e janelas.

O caso mais grave aconteceu em Canha, no concelho do Montijo, onde um casal de idosos ficou desalojado devido à destruição da cobertura do barracão onde vivia. O caso, no entanto, já está em vias de resolução, uma vez que os dois desalojados vão ser acolhidos por familiares.

De acordo com os dados disponíveis no Centro Distrital de Operações de Socorro, os concelhos de Setúbal, Almada e Barreiro foram os mais afectados pelo mau tempo que se fez sentir entre a 1:30 e as 2:30 da última madrugada. A Protecção Civil de Setúbal registou ainda seis desabamentos, a queda de dois cabos eléctricos e de quatro estruturas (não especificadas).

Mais de 100 árvores caídas

Um pouco por todo o país o mau tempo mostrou a cara e deixou um rasto de destruição, especialmente porque derrubou várias dezenas de árvores. Em Setúbal caíram 71 árvores e em Almada 22. Um dos casos mais graves ocorreu no acesso da A1 à rotunda de Santo Ovídeo, onde uma árvore de grande porte caiu e provocou «congestionamento de trânsito». Na Maia, a Rua do Souto, de acesso à Via Norte esteve vedada ao trânsito devido ao mau tempo. Além das inundações, caíram também duas árvores, uma de pequena e outra de grande porte.

No Alentejo caíram cerca de 60 árvores, sendo que o maior número de ocorrências foi registado no distrito de Beja, com os bombeiros a serem chamados para remover 29 árvores caídas. Na zona de Évora, foram registadas duas inundações e 16 quedas de árvores entre as 02:00 e as 07:00.

Mais a norte, no distrito de Portalegre, os bombeiros foram mobilizados para solucionar a queda de 12 árvores em estradas da região. Os fortes ventos, acompanhados por chuva, registados durante a noite provocaram numerosas quedas de árvores por todo o distrito de Santarém, interrompendo temporariamente várias estradas nacionais e municipais, disse à agência Lusa fonte dos bombeiros.

Em Coimbra, o mau tempo provocou a queda de 13 árvores e inundações na via pública, mas sem causar estragos. Os bombeiros foram chamados para 15 ocorrências, relacionadas com o vento e chuva forte que se intensificaram entre as 04:30 e as 08:00 horas.

Quanto à protecção civil do distrito de Leiria, registou a queda de 28 árvores durante a manhã devido ao vento forte e chuva das últimas horas, tendo-se verificado também algumas inundações em caves e garagens.
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