«Acabou a segurança na noite»

Familiares de Aurélio Palha, um dos principais empresários da noite portuense que foi abatido a tiro na madrugada de segunda-feira e foi hoje a enterrar, consideram que «acabou» a segurança na noite do Porto.

No final do funeral do empresário, fonte próxima da família fez eco desta ideia e lançou um apelo aos pais dos jovens do Porto: «Não deixem os filhos sair à noite porque não há segurança. Acabou a segurança na noite».

A mesma fonte acrescentou que a família ainda não foi informada de qualquer detalhe sobre a investigação, mas admitiu que a Polícia Judiciária (PJ) «não teve» tempo de chegar a conclusões, ainda que preliminares.

Quanto à hipótese de o homicídio de Aurélio Palha ter sido executado por «pessoas de fora da vida nocturna» da cidade, ainda que com eventuais mandantes inimigos do empresário, a mesma fonte disse apenas «não sabemos. O que sabemos é que o Aurélio foi morto». Queixou-se, no entanto, das leis alegadamente brandas que, na sua avaliação, acabam por favorecer indirectamente este tipo de crimes.

Esta fonte pediu «total privacidade» para a família e quer que se deixe a polícia desenvolver a sua investigação «sem pressões».

Centenas de pessoas estiveram presentes esta quarta-feira no funeral de um dos principais empresários da noite portuense, que se realizou da Igreja das Antas para o cemitério de Paranhos.

Sobre a campa de Aurélio Palha foram colocadas centenas de coroas e, por cima destas, uma camisola do FC Porto com o nome do empresário, que era um conhecido adepto do clube azul-branco.