Peões: mais mortos e feridos

Os feridos graves em atropelamentos aumentaram 36 por cento no ano passado em relação a 2006, segundo os dados provisórios da Brigada de Trânsito a que o PortugalDiário teve acesso. O número de peões mortos também cresceu. De 98 vítimas mortais para 108, um aumento de 10 por cento.

Os feridos graves em atropelamentos foram os que mais aumentaram nas vítimas registadas pela BT, no ano passado. De 250 casos passámos para 340, mais 90 vítimas com ferimentos graves. Já nos atropelamentos mortais foram registados mais 10 vítimas. «Está tudo como antes. Por exemplo, as condições de sinalização. Há que optar por outras estratégias», afirmou ao PortugalDiário Rogério Soares, da ACA-M, Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados.

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Também os peões com ferimentos leves foram mais em 2007. As vítimas aumentaram de 2216 para 2294. «Há falta de pinturas em muitas passadeiras e em muitas sinalizações. O civismo dos condutores pode ser uma causa, mas as condições de circulação nem sempre são as melhores. Há muitas armadilhas urbanas», adiantou a mesma fonte.

O ano de 2007 ficou marcado por atropelamentos mortais, alguns nas passadeiras, e carregados de violência. «Era necessário que se efectuassem estudos sobre os atropelamentos e as áreas onde ocorrem, para perceber a influência da sinalização e dos condutores», explica Rogério Soares.

Despistes mortais

Os dados provisórios da Brigada de Trânsito tipificam as causas dos acidentes de trânsito por três grupos: despistes, colisões e atropelamentos. Em 2007, as colisões fizeram menos mortos, 7,2 por cento, do que no ano anterior. A diminuição registou-se também nos feridos graves, de 937 vítimas para 864, e nos feridos leves, de 9844 para 9730.

Os despistes de veículos foram mais mortais em 2007. O número de mortos causado por este tipo de acidente aumentou 7,3 por cento. Em 2006, foram contabilizados 285 mortos, já no ano seguinte o número cresceu para 306.

A tendência de aumento nos casos de vítimas mortais não se verificou nos feridos graves e leves. Em ambos os casos os números apresentam um decréscimo. Assim, de 937 feridos graves, em despistes, registou-se, em 2007, 864 e de 9844 leves passámos para 9730.