Abrantes: PSP desmente «fogo amigo» - TVI

Abrantes: PSP desmente «fogo amigo»

Abrantes: suspeitos em tribunal

Suspeitos de balearem agente dos GOE não tinham armas na sua posse

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A Polícia de Segurança Pública afirmou esta terça-feira que é «pura especulação» concluir que o agente dos GOE baleado, na operação, deste domingo, que levou à detenção de cinco suspeitos, tenha sido atingido por «fogo amigo», ou seja, por disparos dos próprios colegas.

O director nacional da PSP, Oliveira Pereira, já admitiu que não foram encontradas armas com os suspeitos, que, segundo a PSP, dispararam contra os GOE à chegada dos mesmos a Abrançalha-de-Baixo. Apesar da ausência destas armas, a PSP já recuperou a shotgun que deu origem à operação, isto é, a arma que foi roubada aos polícias, este sábado. A relação desta arma com o tiroteio está ainda por apurar.

«O facto de não terem sido encontradas armas junto dos suspeitos não é sinal que o agente tenha sido atingido por um outro elemento dos GOE. Existem outras possibilidades de investigação que têm de ser efectuadas. Afirmar, a esta altura, que se trata de «fogo amigo» é pura especulação», adiantou ao PortugalDiário Paulo Flor, da Direcção Nacional da PSP.

A PSP em comunicado afirmou que: «Do pátio foram disparados tiros, tendo os agentes da PSP respondido. Um dos tiros atingiu um agente da UEP, com gravidade, que foi submetido a intervenção cirúrgica de emergência no Hospital de Abrantes». O mesmo responsável esclareceu que não foram encontrados indícios que permitam alterar o que foi anteriormente comunicado.

Já Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sócio-Profissional da PSP (ASPP/PSP), considera «poupo provável» a tese de «fogo amigo», dada a «elevada experiência dos elementos do GOE» em operações desta natureza. No entanto, o presidente considera que o facto de não terem, ainda, sido encontradas armas «levanta a dúvida». «É preciso encontrar a arma dos disparos».

«Operação legal» e PJ contactada «desde o primeiro momento»

A PSP desmente ainda que os GOE tenham actuado sem mandados de detenção. «Nos casos de perigo para a vida dos envolvidos ou de terceiros, o GOE, ou qualquer unidade policial, pode entrar nas habitações, conforme prevê o Código de Processo Penal, sem prejuízo de essa intervenção ser legalizada pela autoridade judicial», explicou.

A mesma fonte acrescenta também que a colaboração com as outras autoridades, GNR e PJ, funcionou de forma exemplar e ocorreu desde o «primeiro momento».

Os cinco detidos estão neste momento a ser inquiridos no Tribunal Judicial da Comarca de Abrantes.
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