Ponte de Lima: funcionária quer outra junta médica - TVI

Ponte de Lima: funcionária quer outra junta médica

  • Portugal Diário
  • 4 jan 2008, 18:26

Médica de Ana Maria Brandão renovou-lhe a baixa por mais um mês

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A funcionária pública de Ponte de Lima, a quem a Caixa Geral de Aposentações (CGA) negou reforma antecipada, disse hoje que a médica de família lhe renovou, quinta-feira, a baixa por mais um mês, refere a Lusa.

No entanto, Ana Maria Brandão, 43 anos, funcionária administrativa da Junta de Freguesia de Vitorino de Piães, concelho de Ponte de Lima, apenas espera que entrem em vigor as novas regras das juntas médicas para pedir que a voltem a examinar «como deve ser».

«Estou cada vez pior, praticamente não me consigo mexer, querem que trabalhe como?», insurgiu-se Ana Maria, garantindo que fará tudo o que estiver ao seu alcance para «corrigir esta injustiça».

Com as novas regras, as juntas médicas passarão a ser constituídas exclusivamente por médicos, com o doente a poder escolher um deles.

«Já falei com o neurocirurgião que me acompanha há oito anos que se manifestou disponível para integrar essa junta médica, intercedendo a meu favor», acrescentou Ana Maria.

Depois de três anos de baixa, foi obrigada pela CGA a regressar em 05 de Novembro ao trabalho, tendo cumprido o horário laboral sentada numa cadeira e encostada a uma parede, sempre acompanhada pelo pai.

Nesse mesmo dia, e perante a exposição mediática do caso, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciou que ela iria entrar novamente de baixa médica até que a CGA procedesse à reapreciação do caso.

A 20 de Novembro, Ana Maria foi avaliada por nova Junta Médica, no Porto, onde, segundo garantiu, não lhe fizeram quaisquer exames, "mas apenas muitas perguntas", nomeadamente sobre como começou a sua doença.

Nove dias mais tarde, foi notificada pela CGA de que o seu pedido de reforma antecipada fora indeferido, após a Junta Médica de recurso ter considerado que não se encontrava «absoluta e permanentemente incapaz» para o trabalho.

Ana Maria não se apresentou ao trabalho e meteu novo atestado de baixa, passado pela sua médica de família, por mais 30 dias, um prazo que expiraria a 05 de Janeiro.

O neurocirurgião Joaquim Couto Reis considera que a doença de Ana Maria é «crónica» e a «incapacita» para o exercício da sua actividade profissional.
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